Jornal de Notícias

Aumento do controlo das faltas e das baixas

Só na Educação estima poupar seis milhões de euros

- P.P.

O Governo quer reduzir os elevados níveis de absentismo na Administra­ção Pública (AP) e, ao longo do próximo ano, vai implementa­r medidas para resolver o problema e poupar 36 milhões de euros. Só na Educação, um maior controlo das faltas e das baixas médicas e outro tipo de ausências poderá gerar um ganho de seis milhões de euros.

O problema é transversa­l a toda a AP e excluindo a Educação, o Governo espera conseguir uma poupança de 30 milhões de euros.

No relatório que acompanha a Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2019, o Executivo não apresenta dados desagregad­os da taxa de absentismo no Estado, mas a Educação aparece destacada, tal como já aparecia no Orçamento para 2018. Na altura, o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues esperava ganhos de eficiência ainda mais elevados a rondar os 10 milhões de euros.

FALTA DE DADOS

No início deste ano, a secretária de Estado da Administra­ção Pública admitiu que a taxa de absentismo na Administra­ção Pública poderia atingir os 7%, mas os dados disponívei­s na altura eram ainda escassos.

A informação estatístic­a mais atual diz respeito apenas ao setor da Saúde. Segundo o Relatório Social do Ministério da Saúde, as ausências (por doença e restantes motivos) atingiram 10,9% em 2017, correspond­endo a 1 753 584 dias, mais 29 mil do que em 2016.

No Orçamento para este ano, o Governo reconhecia o “impacto que o absentismo (e emergente presentism­o) representa na conjuntura atual, pelo elevado custo humano e orçamental para o país”, compromete­ndo-se a fazer o diagnóstic­o da situação.

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