Jornal de Notícias

Cortes no Orçamento

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Os ganhos potenciais associados ao exercício de revisão da despesa pública podem chegar aos 236,2 milhões de euros. Os ministério­s da Saúde e Educação são os que prometem maiores poupanças, correspond­ente a 40% do montante total esperado.

SAÚDE

O ministério da recém-chegada Marta Temido é o que apresenta maiores poupanças de todos os que estão na lista. Até ao final de 2019, esperam conseguir ganhos de eficiência a rondar os 83,7 milhões de euros. No ano passado, o valor previsto era de

166 milhões.

EDUCAÇÃO

Comparando com o orçamento deste ano, o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues é o único da lista a aumentar o valor potencial das poupanças em 2019 – mais 15%, passando de 49,4 milhões para 56,9 milhões de euros. Só pela quebra do número de turmas devido ao efeito demográfic­o, espera-se uma poupança de 25 milhões de euros. Segue-se a aposentaçã­o de docentes (16 milhões) e

a redução do absentismo (6 milhões).

COMPRAS PÚBLICAS

A centraliza­ção das compras do Estado e a partilha de serviços já é habitual quando se fala em poupanças. Para 2019, são esperados ganhos de 35,9 milhões de euros com medidas como centraliza­ção da compra de energia, transporte e alojamento; gestão de frotas; sistemas de gestão de recursos humanos e implementa­ção da fatura eletrónica. Só com esta medida o ganho pode atingir os 19 milhões de euros.

JUSTIÇA

O Ministério da Justiça aponta para poupanças de 22,7 milhões de euros ao longo de 2019. Espera consegui-lo através de três medidas: os serviços partilhado­s (impressão, envelopes, expedição postal e tratamento do retorno) devem dar um ganho de 8,2 milhões; o projeto Tribunal + poderá gerar uma poupança em horas de trabalho equivalent­e a cerca de 9,7 milhões de euros por ano e o Plano Justiça Mais próxima tem um potencial de poupanças de

4,8 milhões de euros por ano.

ADMINISTRA­ÇÃO INTERNA

Além da poupança estimada com o novo modelo de gestão de fardamento, o ministério liderado por Eduardo Cabrita espera também ganhos com a segunda fase de mobilidade (3 milhões de euros) e o novo modelo de gestão de veículos apreendido­s

(1 milhão).

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