Ricardo Sousa
O Felgueiras seduziu, o Braga ganhou. Como tantas vezes sucede na Taça, o clube mais pequeno, no caso do terceiro escalão, foi a jogo sem qualquer complexo de inferioridade e chegou a agarrar-se à carótida do rival, mas acabou por se vergar à lei do mais forte, o melhor em campo, um tal Dyego Sousa, que entrou no relvado para segurar as pontas da equipa de Abel Ferreira e que acabou por ser o herói minhoto.
Um tiro de fora da área, um golão, ao minuto 86, desiludiu a briosa equipa do Felgueiras e soltou a bela festa braguista, impedindo o prolongamento que já estava prometido e que até seria um belo prémio para os da casa, uma equipa de treinador, que joga muito à bola, à antiga portuguesa e com intérpretes de fazer inveja a outros muito mais pintados. Sem desprimor para nenhum outro, craques como os médios Ivo Lemos e Diego Raposo ou os laterais Leandro e Kiki, que têm fogo nas botas, pedem meças a muitos exemplares do “import-export”.
Resumindo: o Braga não roubou a vitória, mas teve de se sujeitar humildemente a um rival cheio de pundonor e de qualidade, que nunca deixou de ter a baliza de Marafona na ponte de mira e que discutiu a eliminatória até ao último suspiro do jogo, o que só valorizou ainda mais o triunfo braguista, celebrado por uma imensa e ruidosa falange de adeptos, já no lançamento do duelo primitivo do Minho, o grande clássico da oitava jornada da Liga, a disputar na próxima sexta-feira, pelas 21.15 horas, com o rival Vitória, em Guimarães. “Sabíamos que seria difícil, mas estou muito satisfeito com os meus jogadores. Perderam com um líder da Liga e estão destroçados...”