Retiradas do Cachão 4000 toneladas de lixo
Operação, no valor de 266 mil euros, deverá terminar dentro de quatro meses. Autarcas e população respiram de alívio com limpeza dos resíduos
Faltavam 17 minutos para as 11 da manhã quando se deu início aos trabalhos de remoção das cerca de 4000 toneladas de resíduos do complexo do Cachão, Mirandela, resultante de dois incêndios.
O arranque aconteceu 15 dias após a assinatura do contrato de adjudicação entre a Agro-Industrial do Nordeste (AIN) – empresa intermunicipal que gere o complexo – e a Ferrovial, que ganhou o concurso público internacional.
“Chegou o dia de retirar estes depósitos de lixo, histórico para os habitantes do Cachão, após cinco anos a conviver com este problema ambiental”, afirmou a presidente do Município, Júlia Rodrigues, no arranque da empreitada que representa um investimento de 266 mil euros, financiado pelo Fundo Ambiental.
Está previsto terminar em 120 dias, a contar da assinatura do contrato, que termina a 5 de fevereiro. No entanto, o presidente da Administração da AIN intercedeu junto da empresa para que os trabalhos possam estar prontos até ao final do ano.
“O Fundo Ambiental é anual e temos de realizar o trabalho até final de dezembro, mas, se não for possível, também faremos ver ao ministro do Ambiente que é uma situação excecional provocada por questões jurídicas e estou certo que já nada parará os trabalhos”, afirma Fernando Barros, autarca de Vila Flor.
A empresa não é tão otimista. “Vamos tentar acabar até ao final do ano, mas não há garantias, porque há aqui muito resíduo para retirar”, refere César Alvim, da Ferrovial.
O lixo vai ser encaminhado para o Centro Integrado de Valorização de Resíduos, em Famalicão. “Para já, vamos recolher os fardos “É um prazer poder estar aqui neste dia histórico. Espero que seja o primeiro da recuperação do complexo” “Já era hora de tirar daqui este lixo que provocava mau cheiro e trazia todo o tipo de insetos e ratos”