UMA CASA DE FAMÍLIA
Chama-se O Pai da Maria, ou não fosse ele mesmo o fazedor das francesinhas que aqui se servem, em doses generosas e com simpatia familiar, numa casa acolhedora a dois passos da praia.
É
uma casa de francesinhas, com certeza, mas não é só a mítica sanduíche que figura na ementa. Ao comando da cozinha e do projeto está o pai da Maria, João Costa, que deu o nome da filha a todas as sugestões da carta. Assim, às sete variedades de francesinhas, de onde se destacam a Maria Linguiça, a Maria com Todos ou a Maria das Couves – na versão vegetariana da sanduíche –, juntam-se pratos para quem não é fã da especialidade, ou para quando apetece algo diferente, caso do bacalhau com natas, dos pregos, lasanhas e pizas.
Voltando às francesinhas, todas são feitas em pão rústico e servidas com um molho totalmente vegetariano, picante, como se
quer, e de travo ligeiramente adocicado. As batatas fritas vêm polvilhadas com uma mistura de ervas que lhes dá um toque especial. Para elevar os sabores, sugere-se a companhia das cervejas artesanais da Letra, ou de uma das sangrias da casa. «Desde os meus 16
anos que sonhava abrir isto», conta João. E foi em dezembro passado que concretizou esse desejo. «A Maria tinha 2 anos e o Joãozinho vinha a caminho», lembra. Foi inspirado no filho mais novo que criou a Maria Joãozinho, uma francesinha desconstruída e gratinada, «porque ele também tem direito», ri-se.
O Pai da Maria é o primeiro projeto próprio de João, que passou pelo Pé D’arroz e o Santo Burga antes de se lançar na aventura de recuperar o antigo café da família e transformá-lo nesta acolhedora casa de francesinhas. Da cozinha ouve-se o cantarolar alegre de João, enquanto prepara as especialidades que os clientes vão pedindo. «Só aos 30 anos é que descobri que gostava de cozinhar, e mesmo trabalhando 12 ou 14 horas por dia, saio daqui feliz», garante. Toda a decoração foi feita por ele, o balcão em madeira, os bancos à entrada e a exposição dos brinquedos espalhados pela sala. «Alguns são meus e outros são as crianças que trazem e vão trocando», explica.
Tudo pensado para receber quem aqui entra da melhor forma, com comida que conforta de início ao fim da refeição, que só termina depois de chegarem as garrafas de digestivos para o cliente se servir a gosto, não se estivesse à mesa de uma casa de família.
O PAI DA MARIA Rua da Agudela, 548. Tel.: 223247852 Web: facebook.com/opaidamariarestaurante/ Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. Encerra à segunda. Preço médio: 12 euros