Só mais um esforço até à final tão ansiada
Taça das Confederações Portugal e Chile têm de superar o cansaço para chegarem à decisão de domingo, em São Petersburgo
A seleção portuguesa já está de novo em Kazan, cidade onde amanhã defronta o Chile na primeira meia-final da Taça das Confederações (19 horas, RTP1), a mesma onde realizou a primeira partida na competição, perante o México, há 10 dias. Ultrapassada a fase de grupos, as duas equipas procuram abrilhantar a estreia nesta prova com a presença no jogo do título, mas terão de o fazer numa fase em que têm os principais jogadores bastante cansados, após uma temporada que já vai longa. Antes das “merecidas férias”, como ontem lhes chamou o médio Pizzi, pedese um último esforço aos craques lusos e chilenos.
No que a Portugal diz respeito, o selecionador Fernando Santos tem feito uma gestão cuidadosa dos minutos de utilização em solo russo. Os únicos totalistas da seleção das quinas são o guarda-redes Rui Patrício, menos sujeito a desgaste físico pela posição que ocupa, e o central Pepe, que não poderá alinhar amanhã por acumulação de cartões amarelos. Cristiano Ronaldo vem a seguir, com 247 minutos realizados frente a México, Rússia e Nova Zelândia, tendo sido poupado apenas na segunda parte do jogo com os campeões da Oceânia, quando a qualificação estava garantida.
No Chile, que chega a esta meia-final com a desvantagem de ter tido menos um dia de descanso do que os portugueses, pois defrontou anteontem a Austrália, o técnico Juan Antonio Pizzi fez uma rotação parecida. Concluídos os três encontros no grupo B, os detentores da Copa América também têm apenas dois totalistas, o defesa central Jara e o médio ofensivo Arturo Vidal.
Um olhar pelos números da temporada que agora termina permite concluir que as grandes figuras das duas seleções apresentam números de utilização muito similares:
Fernando Santos tem feito gestão cuidadosa em solo russo
o capitão português leva 55 jogos em 2016/17, ao serviço de Real Madrid e Portugal, com 4882 minutos jogados, ao passo que Alexis Sánchez já realizou 56 partidas, por Arsenal e Chile, com 4568 minutos em campo. O rendimento do avançado sul-americano é ótimo (31 golos e conquista da Taça de Inglaterra), mas não chega aos patamares estratosféricos do português (56 golos e títulos da Champions, Liga Espanhola e Mundial de Clubes). Por alguma razão um é Bola de Ouro e o outro não.