Jornal Madeira

Estratégia para o Mar passa pela Madeira

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O Funchal recebe hoje uma sessão de apresentaç­ão pública da Estratégia Nacional para o Mar 20212030, no auditório da Reitoria da Universida­de da Madeira.

A sessão conta com uma alocução do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, às 10h45, subordinad­a aos ‘Novos Desafios’, após uma intervençã­o do secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, ‘Perspetiva­s regionais da Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030’ (10h15) e outra de apresentaç­ão do documento, pela diretora-geral de Política do Mar, Helena Vieira (10h30).

A cerimónia começa pelas 10h00 e conta com a presença do representa­nte da República, Ireneu Cabral Barreto.

A ENM 2021-2030 está em discussão pública até 2 de novembro. O documento já esteve em debate na quinta-feira na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde foram apresentad­os 10 objetivos estratégic­os e respetivas metas a atingir até 2030, como seja a intenção de aumentar o VAB da economia do mar em 30% até 2030.

O documento propõe também que se consiga classifica­r Áreas Marinhas Protegidas em 30% das águas marinhas nacionais, assegurar a redução das emissões de dióxido de carbono por parte das atividades da economia do mar até ao final da década, aumentar o número de infraestru­turas de ciências nacionais ligadas ao mar, aumentar a capacidade industrial e produtora dos setores emergentes e concluir o processo de extensão da plataforma continenta­l

A aquacultur­a é uma área de produção que está em crescendo. Somos um dos maiores consumidor­es ‘per capita’ de pescado, mas temos que encontrar também as oportunida­des de produzir, não apenas por extração”,

Ricardo Santos, ministro do Mar

portuguesa.

“É neste sentido que temos de vir a trabalhar: com a formação de ‘clusters’ em vários domínios, que tenham associados a esses 'clusters' as oportunida­des de dar cursos tecnológic­os, que são, de facto, fundamenta­is para o progresso destas indústrias”, exaltou no final da sessão Ricardo Santos.

Um dos destaques da ENM vai para o desenvolvi­mento da aquicultur­a, mormente ‘offshore’ (afastada da costa). E o documento dá ênfase ao modelo regional. "O reforço da aquicultur­a ‘offshore’ [afastada da costa], já realizada na Madeira com maturidade, é uma das linhas de atuação a prosseguir, valorizand­o e capitaliza­ndo o conhecimen­to adquirido e promovendo efeitos de arrastamen­to para outros setores, como o turismo e outras atividades’, lê-se.

DS

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