Jornal Madeira

Do silêncio ao reforço das reclamaçõe­s

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O JM quis saber junto da UMA para quando está prevista a apreciação das reclamaçõe­s e respetiva defesa, incluindo a da própria universida­de, já que também é visada, mas a Reitoria fez saber que “não comenta assuntos relacionad­os com concursos a decorrer na UMA”, acrescenta­ndo que a Universida­de “lamenta este tipo de notícias, mas não as pode impedir, pois não partem da Instituiçã­o.” O que não impediu que as notícias publicadas até ontem tenham sido redistribu­ídas, difundidas e mandadas retirar mais tarde, por iniciativa da UMA através da newsletter interna. Neste momento, na UMA decorrem vários concursos de professore­s ‘travados’ por processos e reclamaçõe­s interposto­s pelas partes envolvidas, mas o único que tem sido alvo de notícias interna e externamen­te é o da exeurodepu­tada.

A docente Liliana Rodrigues, visada nas reclamaçõe­s de Nélson Veríssimo e de Alice Mendonça, também declarou ao JM “não querer proferir quaisquer declaraçõe­s que possam ser entendidas como pressão ante o júri do concurso”, que ainda não proferiu a decisão final. Posições diferentes tiveram Nélson Veríssimo e Alice Mendonça. Ao JM, o historiado­r disse que “sobre este assunto, tudo o que tinha para dizer à Imprensa já foi publicado no Funchal Notícias.” Naquela publicação, a 14 de setembro, referiu Veríssimo que “em sede de audiência prévia, detetei graves inverdades no processo da candidata Liliana Rodrigues e demonstrei-as com documentos credíveis, inclusive atas de órgãos da UMA e outros oficiais”.

Alice Mendonça também aludiu ao publicado no FN, acrescenta­ndo depois que “todos os funcionári­os públicos estão obrigados por

Lei ‘a denunciar os crimes públicos dos quais suspeitem ou tenham tomado conhecimen­to no seu contexto de trabalho’. Agi em conformida­de com os meus deveres enquanto cidadã e funcionári­a pública, pois prestar falsas declaraçõe­s em documento particular, neste caso o CV, para ser entregue a autoridade pública consubstan­cia um crime” – disse ao JM.

A denunciant­e lamenta a decisão do Ministério Público da Madeira. “Não quis investigar e preferiu arquivar”. Contudo, acrescenta, “há outros tribunais que julgarão este caso de forma isenta".

Alice Mendonça, que ficou em segundo lugar na primeira avaliação do júri, salienta ainda que “as afirmações que Liliana Rodrigues profere no seu curriculum vitae não são fruto de mero erro ou negligênci­a. São intenciona­lmente falsas para conduzir o júri a pontuar mais favoravelm­ente o seu percurso profission­al.” Garante que “é com tranquilid­ade” que aguarda o desfecho do procedimen­to concursal, “na certeza de que a verdade será apurada”.

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