Interrupção das emissões gera ‘coro’ de críticas
Triste, maldosa, grosseira. As críticas à Dstv e à SIC multiplicaram-se um pouco por toda a comunidade portuguesa na África do Sul. Isto após a interrupção das emissões no dia 15 de outubro.
Isabel Policarpo, diretora cessante do Lar Rainha Santa Isabel, classificou a saída da SIC, da grelha da Dstv, de “grosseira, pois nem uma mensagem ou aviso foi dado aos assinantes”.
“No Lar as pessoas cumprem com todas as medidas de segurança sanitária e veem-se de forma abrupta privadas deste canal português que muito gostam. Não está certa esta forma de proceder”, continuou.
Pouco elegante
Matilde de Abreu, natural de Santo António, no Funchal, questionou a forma “maldosa” como foi feita a saída do canal 517 da Dstv.
A madeirense considerou mesmo uma forma pouco elegante por não terem existido avisos prévios, apanhando toda - ou quase toda - a gente de surpresa.
“Os mais idosos, pode-se dizer que estavam ‘vinculados’ à SIC e repentinamente deixaram de ver o seu canal preferido. Ficaram muito dececionados”, concluiu.
Cecília de Sousa, 68 anos, natural do Jardim do Mar, disse estar zangada.
“Descontinuar o canal da SIC, quando assistíamos a um programa que muito gostava: ‘Terra Brava’, não só eu, amigas minhas também. Ninguém teve a decência de nos avisar o porquê desta atitude”, indaga, evidenciando uma expressão de desacordo.
Albina Teixeira, 71 anos, natural da Ponta do Pargo, perguntou ao JM se este não era motivo para ficar triste e revoltada, “pois não está correta esta forma de tratamento”.
“Não sei de quem foi a decisão. O que sei é que este tratamento não está certo, deixa um mau gosto”,
disse desagradada.
Falta de consideração
Para Maria do Céu Soares da Silva, 75 anos, natural Setúbal, “ações como esta são mais um passo para ir cortando o cordão umbilical, amputando os laços culturais para com a Pátria”.
“Nem uma carta, nem um aviso prévio, nem uma explicação. Em suma, uma manifesta falta de consideração da mais veemente descortesia pelas duas partes, SIC e Dstv”, opinou.
A concluir, Vasco Pinto de Abreu, conselheiro das Comunidades Portuguesas, diz que esta saída é a preparação para a Dstv perder vários assinantes.
“Não têm consideração nem atendem à lealdade dos seus clientes que têm pago preços excessivamente elevados na plataforma de canais. Vou promover no seio da comunidade portuguesa um boicote a esta plataforma e promover a ZAP, cuja subscrição é mais barata e tem a Tv Globo e Sporttv que a DSTV retirou do bouquet português”, criticou.
O conselheiro vai mais longe e termina a reputar a Dstv de “um grupelho de incompetentes, que só querem ganhar dinheiro com os seus exageros”.