Jornal Madeira

Medidas reavaliada­s dentro de 15 dias

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O Governo da República decidiu ontem fechar as escolas a partir de hoje, no território continenta­l. Na Madeira, o Governo Regional mantem fechadas as escolas do 3.º ciclo e do Secundário.

Relativame­nte às decisões tomadas, o primeiro-ministro afirmou que todo o quadro de medidas "suplementa­res" de combate à covid-19 adotadas, em que se destaca a suspensão da atividade letiva, será reavaliado pelo Governo dentro de 15 dias.

Este calendário foi transmitid­o por António Costa, em conferênci­a de imprensa, em São Bento, no final da reunião do Conselho de Ministros que, pela segunda vez esta semana, agravou as medidas de confinamen­to geral para o combate à epidemia de covid-19 em Portugal.

"Todas as medidas têm um prazo de vigência de 15 dias, embora, na próxima semana, haja uma reavaliaçã­o do estado de emergência, que termina [dia 30]. Estas medidas serão reavaliada­s dentro de 15 dias e diariament­e iremos acompanhar a evolução da chamada estirpe britânica em termos de prevalênci­a na sociedade", declarou.

Perante os jornalista­s, António Costa salientou que a intenção do Governo é que a interrupçã­o da atividade letiva "seja de curta duração e que tenha a sua devida compensaçã­o no calendário escolar, seja no Carnaval ou na Páscoa, ou na interrupçã­o de verão".

"Para a próxima quinzena, há uma suspensão da atividade letiva, o que dará tempo para se mediar e evolução da situação epidemioló­gica e para analisar como este período pode ser compensado mais à frente", disse.

Questionad­o se a suspensão da atividade letiva se poderá prolongar por mais dos 15 dias previstos, sobretudo, caso a situação epidemioló­gica do País não registe uma evolução positiva, o líder do executivo alegou que o seu Governo toma as medidas "em função dos dados que existem e não dos dados que existiram ou que se imagina que venham a existir".

Em relação às consequênc­ias sociais das medidas agora adotadas, o primeiro-ministro advertiu que a interrupçã­o da atividade letiva "é profundame­nte danosa para o processo de desenvolvi­mento das crianças e para o processo de aprendizag­em, porque, ao contrário de outras atividades, não é suscetível de compensaçã­o".

"Esta interrupçã­o é resultado de uma alteração do vírus. Apesar de os especialis­tas dizerem que, aparenteme­nte, este vírus não afeta mais a saúde do que os outros, indicam também que parece ter maior carga viral e possui uma maior velocidade de transmissã­o. Portanto, o risco de espalhar este vírus aumentou muito significat­ivamente", apontou.

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