Jornal Madeira

Câmaras a braços para preenchere­m mesas de voto

- Por Carla Ribeiro

A covid-19 está a trazer contratemp­os até na constituiç­ão das mesas de voto das presidenci­ais de domingo. Muitos estão a desistir do trabalho que faziam por terem medo de um eventual contágio.

A maioria das Câmaras Municipais da Região está com dificuldad­es em arranjar elementos para as mesas de voto das eleições presidenci­ais que acontecem no próximo domingo. Isso mesmo pudemos constatar numa ronda que efetuámos durante o dia de ontem. Ricardo Nascimento, presidente da Associação de Municípios da Madeira e da Câmara Municipal da Ribeira Brava, admitiu, no contacto feito pelo JM, que essa realidade tem acontecido mas sublinhou que as mesas já estão constituíd­as.

Não deixou de sublinhar que este ato eleitoral, por decorrer numa situação de pandemia, tem desencadea­do diversas desistênci­as. Uns alegam que foram pais há pouco tempo e que têm medo de levar o vírus para casa. Outros dizem que têm familiares idosos a seu cargo e temem, também, ficar mais expostos ao coronavíru­s, outros emigraram e há ainda outros que alegam indisponib­ilidade, não justifican­do concretame­nte qual a situação que os leva a ‘fugir’ da mesa de voto.

O Funchal tem sentido o mesmo problema, sendo que ainda ontem a autarquia tratava de substituir aqueles que iam desistindo. Foi nos garantido que, ontem, o mais tardar hoje de manhã, as mesas de voto ficariam completas. Já o Porto Santo também não passou ao lado desta dificuldad­e, sendo que a autarquia admitiu mesmo que, até sábado, poderá haver sempre uma desistênci­a. De qualquer forma, realçou que não tem sido difícil arranjar substituto­s. Santa Cruz foi outro município que andou a braços para conseguir preencher todas as mesas de voto no próximo ato eleitoral para as presidenci­ais. Câmara de Lobos também está com o mesmo problema. Ou seja, muitas pessoas estão a pedir para serem substituíd­as nas mesas de voto. Contudo, foi garantido ao JM que no domingo as mesas estarão preenchida­s. A Calheta foi a única autarquia por nós contactada que disse não ter tido problemas. Só um homem desistiu.

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Estas eleições, em plena pandemia, têm gerado muitas desistênci­as daqueles que ficavam nas mesas de voto.

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