Revisão do sistema eleitoral consensual
O sistema eleitoral português precisa ser revisto. De uma forma geral, esta foi a ideia comum deixada pelos comentadores do programa ‘Política 5.0’, transmitido quarta-feira, na 88.8 JM FM, com reposição amanhã, também nas rádios Calheta e Santana FM. De resto, essa constatação de Carina Ferro, Rubina Berardo, João Paulo Marques e João Pedro Vieira foi reforçada pela convidada, Guida Vieira, que considerou mesmo o sistema “caduco”.
As eleições presidenciais marcaram a primeira parte do programa com a política e ativista feminina a considerar a campanha para as eleições presidenciais como “estranhíssima e uma desgraça autêntica, em termos de tempos de antena, pois não foram esclarecedores”.
Perante a possibilidade de grande abstenção, João Paulo Marques sublinhou que “se perdeu uma oportunidade para rever o sistema eleitoral”. Defende “uma melhor implementação do voto antecipado e do voto eletrónico, e um aumento do período eleitoral''.
O ex-deputado do PSD não deixa de criticar o facto de não se ter conseguido adiar as eleições. João Pedro Vieira reforçou esta ideia lembrando que aquando da aprovação da lei excecional que permitiu às pessoas votarem em confinamento e em estado de emergência, também se deveria ter tido em conta que este seria um período alto de pandemia, concluindo que será “uma eleição sem história, que vai dar lições para o futuro”.
Carina Ferro lembrou que “as autonomias foram esquecidas, e parece que somos um mundo à parte e que só se interessam por nós se os nossos votos forem determinantes para apurar o vencedor”. Rubina Berardo questionou o apoio de Miguel Albuquerque a Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que o atual presidente não assumiu as grandes questões autonómicas como era esperado.
André Ventura mereceu críticas generalizadas com Rubina Berardo, Carina Ferro e João Paulo Marques a elegerem Tiago Mayan como a grande surpresa e João Pedro Vieira lamentou o facto de haver socialistas a assumirem o voto em Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre a pandemia, Guida Vieira diz que “a situação na Região está descontrolada”. Não acredita que “não haja transmissão local, como dizem as autoridades de saúde madeirenses” e lamenta “a morte de pessoas com covid-19, em casa” . Rubina Berardo não tem dúvidas de que a “falsa sensação de segurança fez disparar os números”, enquanto João Paulo Marques defende “o regresso das conferências de imprensa das autoridades regionais, como meio de esclarecimento da situação à população”. João Pedro Vieira foi crítico para com o comportamento das pessoas. MG