JPP avança com regime do nadador-salvador
Rafael Nunes é o único ‘resistente’ entre os deputados que em 2019 integraram um grupo multidisciplinar que, ouvidas ‘todas’ as entidades, elaborou um documento, aprovado em junho de 2019, recomendando ao Governo Regional um regime jurídico do nadador-salvador.
Até agora sem resultados práticos, o deputado do JPP não se conforma e deu entrada, sexta-feira, de um projeto de resolução com esse intuito. Ao JM, Rafael Nunes deu nota da falta de respeito pelas pessoas que ali prestaram o seu testemunho e contribuíram para uma proposta que dois anos depois está na gaveta.
A proposta do JPP assegura que com a criação de regulamento se criarão “ferramentas para uma correta valorização da carreira”, no sentido de que “deixe de ser exercida como uma ocupação sazonal e que se assuma a necessidade de uma vigilância contínua nas zonas balneares” que, de resto, poderia ser um catalisador para um usufruto da praia durante mais tempo, com benefícios económicos locais.
O documento corrige outros males, que desviam potenciais profissionais de valor a optarem por outros trabalhos mais aliciantes, ao nível remunerativo, mas também de dignidade, lembrando Rafael Nunes que um nadador-salvador “é um faz tudo”, quando a lei diz que não pode desviar um minuto que seja o seu olhar para o mar e/ou piscina.
O diploma dá ainda ênfase à formação, criando-se “a possibilidade de módulos adicionais de forma a complementar competências”. Rafael Nunes frisa que o que move o JPP uma carreira justa, com justa remuneração “para estes profissionais que guardam as nossas praias e protegem as nossas vidas”.
Vacinação questionada
Em outro nível, o JPP fará chegar hoje uma carta a Pedro Ramos, solicitando esclarecimentos sobre “a diferenciação em matéria de vacinação”. Diz existirem profissionais privados que foram já vacinados, enquanto que, por exemplo, os nadadores-salvadores da Frente Mar Funchal ainda não foram.