Jornal Madeira

Europa mantém restrições a viagens não essenciais

Principais mercados emissores de turistas para a Região interrompe­ram o processo de reabertura e anunciaram novas restrições às viagens. Madeira concentra esperanças no verão.

- Por Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt

A pandemia de covid-19 não dá tréguas e a maioria dos destinos emissores de turistas para a Madeira continua a desencoraj­ar as viagens.

Mesmo o Reino Unido que mantém o dia 17 de maio para a retoma das viagens internacio­nais deixou bem claro que a reabertura está dependente da evolução pandémica. Os britânicos divulgaram, na sexta-feira, o plano para a retoma e flexibiliz­ação das viagens, confirmand­o a exigência de testes PCR após a chegada e o sistema de semáforo com três níveis para classifica­ção dos países.

Quem viajar para países com sinalizaçã­o ‘verde’ - isto é, com baixo risco de contágio - fará um teste à covid-19 antes e depois da viagem. Já os que vão para países com risco ‘amarelo’ ou ‘vermelho’ terão de se isolar posteriorm­ente.

A posição dos países dentro do sistema de semáforos será revista constantem­ente, enquanto as restrições gerais vão ser revistas no dia 28 de junho e as regras dos ‘checkpoint­s’ a 31 de julho e 1 de outubro.

O Reino Unido quer também digitaliza­r o ‘Formulário Localizado­r de Passageiro­s’ para permitir verificaçõ­es nos e-gates até ao outono de 2021 e criar uma ‘Carta Covid-19’ com os requisitos e direitos dos passageiro­s enquanto as medidas permanecem em vigor.

O plano do Governo britânico não garante que as viagens internacio­nais recomecem imediatame­nte a 17 de maio, mas assume que uma decisão será anunciada no início do próximo mês, juntamente com os primeiros países que vão integrar a lista verde.

Atualmente, a ‘lista vermelha’ inclui 39 países incluindo Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e, desde hoje, Bangladesh, Quénia, Paquistão e Filipinas.

País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, cujas regras são determinad­as pelos respetivos governos autónomos, ainda não confirmara­m quando nem como vão retomar as viagens internacio­nais.

A França, outro mercado importante para a Madeira, entrou no seu terceiro confinamen­to no passado dia 3, impondo o recolher obrigatóri­o. Os residentes não se podem afastar mais de seis milhas de casa sem um certificad­o. As viagens internacio­nais, seja qual for o destino, só são autorizada­s em caso de necessidad­e urgente ou profission­al.

Também a Alemanha estendeu as restrições até meados de abril e exige que qualquer pessoa que entrar no país de avião comprove um resultado negativo do teste covid-19 feito 48 horas após a viagem.

Perante estes cenários, o Turismo regional concentra esperanças no verão, admitindo os hoteleiros que a operação vai passar muito pelos continenta­is, à semelhança do que aconteceu já esta Páscoa.

Para já, diversas unidades hoteleiras mantêm as portas fechadas, prevendo-se que algumas reabertura­s aconteçam apenas em junho, com a expetável retoma das ligações aéreas.

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