Europa mantém restrições a viagens não essenciais
Principais mercados emissores de turistas para a Região interromperam o processo de reabertura e anunciaram novas restrições às viagens. Madeira concentra esperanças no verão.
A pandemia de covid-19 não dá tréguas e a maioria dos destinos emissores de turistas para a Madeira continua a desencorajar as viagens.
Mesmo o Reino Unido que mantém o dia 17 de maio para a retoma das viagens internacionais deixou bem claro que a reabertura está dependente da evolução pandémica. Os britânicos divulgaram, na sexta-feira, o plano para a retoma e flexibilização das viagens, confirmando a exigência de testes PCR após a chegada e o sistema de semáforo com três níveis para classificação dos países.
Quem viajar para países com sinalização ‘verde’ - isto é, com baixo risco de contágio - fará um teste à covid-19 antes e depois da viagem. Já os que vão para países com risco ‘amarelo’ ou ‘vermelho’ terão de se isolar posteriormente.
A posição dos países dentro do sistema de semáforos será revista constantemente, enquanto as restrições gerais vão ser revistas no dia 28 de junho e as regras dos ‘checkpoints’ a 31 de julho e 1 de outubro.
O Reino Unido quer também digitalizar o ‘Formulário Localizador de Passageiros’ para permitir verificações nos e-gates até ao outono de 2021 e criar uma ‘Carta Covid-19’ com os requisitos e direitos dos passageiros enquanto as medidas permanecem em vigor.
O plano do Governo britânico não garante que as viagens internacionais recomecem imediatamente a 17 de maio, mas assume que uma decisão será anunciada no início do próximo mês, juntamente com os primeiros países que vão integrar a lista verde.
Atualmente, a ‘lista vermelha’ inclui 39 países incluindo Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e, desde hoje, Bangladesh, Quénia, Paquistão e Filipinas.
País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, cujas regras são determinadas pelos respetivos governos autónomos, ainda não confirmaram quando nem como vão retomar as viagens internacionais.
A França, outro mercado importante para a Madeira, entrou no seu terceiro confinamento no passado dia 3, impondo o recolher obrigatório. Os residentes não se podem afastar mais de seis milhas de casa sem um certificado. As viagens internacionais, seja qual for o destino, só são autorizadas em caso de necessidade urgente ou profissional.
Também a Alemanha estendeu as restrições até meados de abril e exige que qualquer pessoa que entrar no país de avião comprove um resultado negativo do teste covid-19 feito 48 horas após a viagem.
Perante estes cenários, o Turismo regional concentra esperanças no verão, admitindo os hoteleiros que a operação vai passar muito pelos continentais, à semelhança do que aconteceu já esta Páscoa.
Para já, diversas unidades hoteleiras mantêm as portas fechadas, prevendo-se que algumas reaberturas aconteçam apenas em junho, com a expetável retoma das ligações aéreas.