São Vicente pondera novo movimento de cidadãos
Miguel Albuquerque recorreu ontem mais de uma vez à palavra “humildade” para se referir à coligação autárquica entre o PSD e o CDS. A coligação está fechada apenas aos dois partidos.
Manuel Pestana, ex-apoiante de Garcês, decide este mês se avança com candidatura independente
PSD e CDS fecham acordos em sete concelhos.
Miguel Albuquerque afastou ontem a possibilidade de a coligação autárquica juntar outros partidos além do PSD e do CDS no Funchal, mas admitiu a abertura a elementos da sociedade civil.
“Institucionalmente [a coligação] não vai comportar mais partidos, mas há um conjunto de personalidades de diversas áreas políticas que vão apoiar esta coligação e que são bem-vindos no seu apoio”, disse ontem o presidente do PSD-MAdeira, na cerimónia de assinatura do acordo entre os dois partidos para a coligação autárquica em sete concelhos: Funchal, Santa Cruz, Machico, Ponta do Sol, São Vicente, Porto Moniz e Porto Santo.
“Uma coisa é falarmos de uma coligação aberta à sociedade e plural, transversal à nossa sociedade, com reflexos de determinadas personalidades individuais que vão fazer esse apoio, outra coisa é a abertura a outros partidos”, clarificou o dirigente, sublinhando que o “que está decidido é que a coligação será, institucionalmente, entre dois partidos”.
Miguel Albuquerque avançou também que o objetivo do acordo ontem firmado é “fazer tudo para ganhar as Autárquicas em todos os concelhos” onde ambos concorrem, “apresentando alternativas, mas sempre cientes que a humildade democrática é fundamental”.
A coligação alargada não será apenas para as Câmaras Municipais, mas para “todos os órgãos autárquicos” e, embora haja a referência do resultado das eleições de 2017, Miguel Albuquerque disse que o critério não será seguido à risca.
“Evidentemente que ao contrário dos partidos totalitários e concentracionários, como os partidos comunistas, nós damos sempre aos nossos militantes e às estruturas locais a capacidade de analisar, em cada caso, qual é a melhor solução”, referiu.
Por seu turno, Rui Barreto, parceiro de coligação no Governo e agora no poder autárquico, classificou a assinatura do acordo como um “momento histórico” que “reflete não só o bom relacionamento entre os dois líderes, mas também o relacionamento institucional que se tem verificado entre os dois partidos”.