EUA e Rússia em clima de constantes ameaças
O Governo dos EUA anunciou ontem novas sanções financeiras contra a Rússia e a expulsão de 10 diplomatas russos, em resposta a recentes ataques cibernéticos e à interferência na eleição presidencial de 2020 atribuída a Moscovo.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto que permitirá punir novamente a Rússia, de forma a provocar "consequências estratégicas e económicas", se Moscovo “continuar a promover uma escalada das suas ações de desestabilização internacional”, informou a Casa Branca num comunicado.
No âmbito desse decreto, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos proibiu as instituições financeiras norte-americanas de comprar diretamente dívida emitida pela Rússia após 14 de junho.
O diploma também sanciona seis empresas de tecnologia russas acusadas de apoiar as atividades cibernética dos serviços de informações de Moscovo.
A Rússia já respondeu e promete uma resposta “inevitável” às novas sanções decretadas pelos EUA contra o país e convocou o embaixador norte-americano em Moscovo para uma “conversação difícil”.
“Os Estados Unidos não estão preparados para aceitar a realidade objetiva de um mundo multipolar, sem hegemonia americana (…). Semelhante comportamento agressivo receberá uma forte réplica. A resposta às sanções será inevitável”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.