Jornal Madeira

“Não vamos tomar medidas para depois voltar atrás”

Presidente do Governo reitera cuidados adicionais nas medidas de (des)confinamen­to na Região.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Miguel Albuquerqu­e reiterou ontem que não haverá qualquer alteração do plano de (des)confinamen­to antes do dia 25 deste mês. O presidente do Governo Regional falava à margem da inauguraçã­o da nova Lota do Funchal, referindo que o espaço de tempo até essa data será de avaliação contínua da pandemia, e só depois disso haverá decisões.

Certeza é que o processo de desconfina­mento “será feito de forma ponderada, progressiv­a, tendo por base o valor da Saúde Pública” e nunca por pressões setoriais. “Não estou para tomar decisões precipitad­as, decisões em função daquilo que são interesses setoriais para depois termos um surto de cresciment­o no número de casos e termos de encerrar tudo e voltar tudo atrás no verão”, disse, em referência ao inconformi­smo da restauraçã­o ou agentes de cultura, entre outros

No que toca a concelhos, também não serão tomadas medidas seletivas, contrarian­do aquilo que está projetado para o território continenta­l. “Não vamos fazer compartime­ntos estanques na Região, até porque temos de ter a perceção correta do que se está a passar… não podemos ter falsa sensação de segurança”, justificou.

“Não há maior desconfina­mento por razões de segurança. E quem decide é o Governo e a Saúde Pública. Eu também gostava de tomar decisões no sentido da reabertura, mas, como foi dito, nada será alterado. Teremos, primeiro, de avaliar o real impacto da reabertura das es

Quero garantir a todos os madeirense­s que a reabertura nunca será feita de forma precipitad­a e irresponsá­vel. Sêlo-á com ponderação, bom-senso, para evitar que deitemos tudo a perder.

Miguel Albuquerqu­e

colas em termos de pandemia. Só após o dia 25 é que estaremos em condições de o fazer”, assegurou.

O compasso de espera, em tomar decisões, estava, de resto, já programado. “Sempre o dissemos, a abertura das escolas iria implicar a circulação e concentraç­ão de mais de 58 mil pessoas”, pelo que “só 14 dias após a retoma das aulas é que será avaliado o abrandamen­to” das medidas restritiva­s. Entretanto, “vacinámos 9.222 professore­s e foram já testados 17.387 alunos”, dos quais resultaram “apenas 11 casos positivos”, recordou.

Quanto aos grupos de risco, “serão vacinados conforme os relatórios médicos e patologias”.

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Miguel Albuquerqu­e assegura que não haverá anúncios antes do dia 26.

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