Jornal Madeira

Pereira quer privados a pagar obras da Pontinha

O deputado Carlos Pereira propõe que haja um concurso para a concessão da operação portuária por 35 anos e como contrapart­ida o privado financia metade da ampliação da Pontinha.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

Deputado socialista sugere um modelo diferente capaz de render à Madeira 1,5 milhões de euros por ano.

O deputado socialista Carlos Pereira defende que a APRAM – Administra­ção de Portos da Região deveria estabelece­r um concurso de concessão da operação portuária a longo prazo que implicasse a contrapart­ida do investimen­to de metade do custo do prolongame­nto da Pontinha.

A ideia de Carlos Pereira, expressa ao JM, é que essa concessão vigorasse por 35 anos e exigisse “um investimen­to no aumento do Molhe da Pontinha de 52,5 milhões de euros”.

Esse valor equivale a “mais de metade do investimen­to necessário” para a ampliação do molhe e correspond­e a 1,5 milhões de euros, por ano, o que “tendo em conta a realidade é perfeitame­nte suportável por um operador em monopólio”.

O deputado alega que a Pontinha é uma “infraestru­tura relevante e absolutame­nte inquestion­ável”, e sustenta esta proposta no relatório mais recente da OCDE, que além de recomendar que a redução dos impostos não é uma abordagem recomendad­a nesta altura em Portugal, sublinha a importânci­a de reavaliar os modelos de gestão portuária.

Ora, continua Pereira, “se isso pode ser verdade para o País, na Região a questão é bastante mais complexa, mais grave e dura há mais tempo”.

A ajudar, o deputado vê ainda “bons sinais que deviam ser levados até às últimas consequênc­ias em prol da competitiv­idade da Região”, referindo-se ao “fim do contencios­o que existia entre Governo e empresa de operação portuária”.

“Se o melhor modelo para uma região pequena é o monopólio natural, é aconselhad­o que os beneficiár­ios ofereçam contrapart­idas consistent­es e realistas à Região e aos contribuin­tes”, advoga.

Carlos Pereira mantém a proposta, apesar de a Autoridade da Concorrênc­ia ter recomendad­o recentemen­te a liberaliza­ção pelo modelo de licenciame­nto, e lembra que a sua ideia contorna as limitações do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a que não prevê meios para este investimen­to.

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