Negócio de arrendar casas ao governo já abrange 287 contratos
O negócio de arrendar casas ao governo para depois serem subarrendadas a famílias carenciadas já chega a quase três centenas de contratos. Os imóveis disponíveis são, sobretudo, de tipologia T2, embora também haja dezenas de T1 e T3. O governo paga aos proprietários um valor médio de 438 euros, por um T2, e 500 euros, por um T3, no Funchal, mas os últimos contratualizados estão bem acima dessa média.
No final do mês passado, o Governo Regional foi ao mercado privado arrendar cinco imóveis para habitação social, a preços a variar entre os 350 euros e os cerca de 800 euros, por mês.
O imóvel mais caro corresponde a uma moradia de tipologia T3, localizada na Rua Pedro José Ornelas (zona da Pena), no Funchal. Para ficar com este imóvel para subarrendamento o executivo terá de pagar, em média, pouco mais de 810 euros mensais.
Já um T2 no Edifício D. João [condomínio fechado], no Imaculado Coração de Maria, tem um custo mensal de 580 euros.
Por um T2 no Complexo Habitacional do Pilar II, em São Martinho, serão pagos 650 euros e por um
T2+1, na Rua de Santa Luzia, outros 600 euros.
O imóvel mais barato deste “lote” representa um encargo mensal de 350 euros e é um T2 situado na Travessa da Tenda, na Freguesia do Jardim da Serra, em Câmara de Lobos.
Os imóveis agora contratados estão acima do valor médio que o Governo Regional habitualmente paga. Com efeito, por um T2 no Funchal, a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) paga um valor médio de 438,33 euros e por um T3 500,48 euros, de acordo com os dados fornecidos pela empresa pública.
A discrepância verificada poderá ser explicada pela circunstância de o valor dos arrendamentos estar a crescer na Madeira e de, apenas durante a pandemia, ter subido 5,2%, o quarto maior do país, segundo o portal Idealista, um dos maiores e mais importantes sites de compra e venda de imóveis em Portugal.