Cervejeiras lançam alerta
A Sociedade Central de Cervejas (SCC) e a Super Bock Group afirmam que "ainda é cedo" para tirar conclusões sobre ano, num "contexto de grande imprevisibilidade", depois de em 2020 o consumo ter estado ao nível de 2014/2015.
Questionada sobre quais são as expectativas para este ano, em que mais uma vez os grandes festivais de música foram cancelados devido à pandemia, fonte oficial da SCC, dona da cerveja Sagres, disse à Lusa que "ainda é cedo" para tirar conclusões.
"O verão está a começar e a imprevisibilidade sobre inúmeros fatores é enorme, muito condicionado pelo enquadramento da situação que estamos a viver", acrescentou.
"A nossa expectativa face à evolução dos programas de vacinação e à entrada em vigor do Certificado Verde
Digital é que se verifique uma retoma gradual das atividades económicas e se assista ao regresso do turismo internacional", afirmou, por sua vez, fonte oficial da Super Bock Group.
"Contudo, o contexto é ainda de grande imprevisibilidade, como podemos assistir pelo desconfinamento do país a vários ritmos e com medidas distintas", salientou a mesma fonte, apontando que a Super Bock Group, "embora [com] algum otimismo", está a gerir a operação "com prudência, pois é expectável que o consumo, nomeadamente fora de casa, continue a ser feito em condições muito particulares, o que irá prolongar os efeitos" no setor.
Em 2019, Portugal exportou 65 milhões de litros de cerveja para fora da Europa, o que compara com 45 milhões de litros no ano passado.
A população da União Europeia diminuiu em 312.000 pessoas. Esta redução de habitantes no conjunto dos países que compõem a UE veio travar a tendência de crescimento da população que estava a ser observada desde 2001. O maior recuo foi em Itália, com menos 384.000 pessoas, seguindo-se Roménia (-143.000) e Polónia (-118.000). Portugal tem 10,3 milhões de habitantes, um número equivalente ao de 2001, mantendose constante desde 2016.