Porto Santo e Corvo são únicas regiões a perder residentes estrangeiros
Em ano de eleições autárquicas, a Pordata lança hoje uma nova área de informação no seu site, dedicada aos 308 concelhos de Portugal.
As ilhas do Porto Santo e Corvo foram as únicas regiões do País a perder população estrangeira entre 2008 e 2020.
Uma análise aos indicadores lançados hoje pelo portal Pordata permite concluir que, no todo da Região, os residentes estrangeiros com estatuto legal de residente cresceram 35%, neste período. Contrariamente a 2008, no ano passado eram mais as mulheres do que homens a trocar o seu país natal pelo arquipélago madeirense.
Em 2008, viviam no todo da Região 7.142 estrangeiros, 3.853 dos quais eram homens e 3.289 mulheres. Doze anos depois, eram 9.455 - 4.562 homens e 4.893 mulheres.
No arquipélago, apenas o Porto Santo viu cair o número de residentes estrangeiros de 398 para 343. A ilha dourada e o Corvo (-9 indivíduos), nos Açores, foram os únicos do País a registar esta quebra.
A Pordata, projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, conta, desde hoje, com uma nova área de informação no seu site, dedicada aos 308 concelhos de Portugal. Entre os múltiplos indicadores passíveis de consulta, constam nesta base de dados as informações relativas à população.
Segundo o portal, dos 308 municípios, apenas 16 aumentaram o número de jovens entre os anos de 2009 e 2020, destacando-se os municípios de Lisboa e Corvo com aumentos de 4 e 2,9 pontos percentuais, respetivamente.
Portugal apresentou, neste período, um valor de 13,5% jovens, verificando-se que municípios como Ribeira Grande, Câmara de Lobos, Lagoa, Vila Franca do Campo e Santa Cruz registam uma média superior à nacional (mais de 15%).
Câmara de Lobos passou de 44,1% em 2009 para 83,8% em 2019. Já Santa Cruz cresceu de 49,4% para 78,7%.
No que toca ao Turismo, em 2019 os municípios com mais dormidas de turistas por cada 100 habitantes foram Albufeira, Porto Santo, Vila do Bispo e Lagoa. A ilha dourada destaca-se também no Ambiente, constando entre os municípios com maior percentagem de recolha seletiva (60,6%), seguida de Alvito (54,1%). No lado oposto, encontram-se Mesão Frio (3,2%) e Alijó (4,3%).
De referir ainda que a autarquia do Funchal foi a segunda do País com maior despesa aplicada, em 2019, no Ambiente (22,9%). A Calheta surge em sétimo lugar no ranking da Pordata (1,2%).