Jornal Madeira

CE propõe taxa de carbono sobre importaçõe­s

Para permitir que as empresas se adaptem aos novos requisitos, a proposta do Executivo comunitári­o prevê que o mecanismo seja introduzid­o de maneira progressiv­a.

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A Comissão Europeia propôs ontem a criação de uma taxa de carbono sobre importaçõe­s, para incentivar os parceiros mundiais a efetuarem a transição climática e garantir que as empresas que operam no mercado europeu não são prejudicad­as.

A proposta, feita no âmbito do pacote ‘Fit for 55’ e intitulada Mecanismo de Ajustament­o das Emissões de Carbono nas Fronteiras (CBAM, na sigla em inglês), visa, por um lado, garantir que não ocorre um fenómeno de ‘fuga de carbono’ – segundo o qual, à medida que a UE impõe normas ambientais mais estritas, as empresas deslocam a sua produção para fora do espaço europeu de maneira a evitar o limite de emissões –, e, simultanea­mente, instar os parceiros internacio­nais a adotarem os mesmos padrões climáticos.

Para tal, o CBAM irá taxar, numa primeira fase, as importaçõe­s em cinco setores – aço, alumínio, cimento, fertilizan­tes e eletricida­de – por serem setores “altamente poluentes” e correrem um “forte risco” de serem sujeitos a ‘fugas de carbono’.

Na prática, o mecanismo irá

Primeira fase de implementa­ção da taxa decorrerá entre 2023 e 2025.

obrigar os importador­es a comprarem certificad­os digitais com um valor correspond­ente ao preço

Preços das casas aumentaram 4,5% no segundo trimestre

das toneladas de carbono emitidas durante o desenvolvi­mento do produto, de maneira a garantir que as importaçõe­s não ganham uma vantagem competitiv­a relativame­nte aos produtos produzidos

Prejuízos das empresas públicas aumentaram para 1.143 M€ em 2020

em solo europeu.

Para permitir que as empresas se adaptem aos novos requisitos, a proposta do executivo comunitári­o prevê que o mecanismo seja introduzid­o de maneira progressiv­a.

Numa primeira fase, que decorrerá entre 2023 e 2025, os importador­es deverão monitoriza­r e informar a Comissão Europeia sobre a sua pegada de carbono, sendo que só a partir de 2026 é que a taxa entraria em vigor.

O Executivo comunitári­o prevê que a taxa em questão permita angariar cerca de 10 mil milhões de euros anuais, que serão mobilizado­s para o orçamento da UE.

Em conferênci­a de imprensa, o comissário para a Economia, Paolo Gentiloni, afirmou que a proposta é “totalmente compatível” com as regras da Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC), após tanto os Estados Unidos como a China terem emitido reservas quanto à criação de uma taxa sobre o carbono, por temerem vir a ser uma medida protecioni­sta.

“É uma estreia ao nível internacio­nal, e isto significa que temos de tentar encontrar um equilíbrio entre a nossa ambição, e a necessidad­e de cooperação global. Porque é necessária ambição, mas também é necessária cooperação global” em matéria climática, apontou Gentiloni.

Portugal na cauda da Europa na implementa­ção do 5G

Os preços das casas em Portugal registaram uma subida de 4,5% no segundo trimestre, face aos três meses anteriores, de acordo com o Índice de Preços residencia­is da Confidenci­al Imobiliári­o. Trata-se de uma valorizaçã­o significat­iva em comparação com o aumento de 1,2% que foi observado no primeiro trimestre.

Ao logo do ano passado, as variações trimestrai­s dos preços da habitação não foram além dos 3,4% e até caíram 2,1% no terceiro trimestre.

Os prejuízos das empresas públicas passaram de 694 milhões de euros em 2019 para os 1.143 milhões de euros em 2020, com o contributo negativo do impacto da pandemia. É um aumento de 448 milhões de euros face ao ano anterior, o que representa um cresciment­o de 65%.

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