Jornal Madeira

TAP sob investigaç­ão e na mira da Lufthansa

- Por Carla Sousa/lusa carlasousa@jm-madeira.pt

“Penso que a questão esteve fechada nas vésperas da pandemia da covid-19. Se não tivesse existido a pandemia, muito provavelme­nte teria havido uma evolução positiva”, declarou o Presidente da República.

A Comissão Europeia reaprovou ontem o auxílio de emergência de 1.200 milhões de euros à TAP, mas decidiu também lançar uma investigaç­ão para avaliar se o auxílio de 3.200 milhões à reestrutur­ação da companhia aérea respeita a legislação comunitári­a.

Um procedimen­to desdramati­zado pelo Presidente da República, que considera que não se trata de uma novidade. De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “trata-se de um controlo que é feito permanente­mente pela Comissão Europeia relativame­nte aos auxílios de Estado aprovados ou em conjunto com um plano de reestrutur­ação. É uma monitoriza­ção natural”, acrescento­u.

Quanto à possível entrada de capital da companhia alemã Lufthansa na TAP, o Presidente da República declarou que esta operação estava em curso e apenas foi congelada pela covid-19, consideran­do que se trata da “matéria mais velha de que se fala”.

“Não sei há quanto tempo. Penso que a questão esteve fechada nas vésperas da pandemia da covid-19. Se não tivesse existido a pandemia, muito provavelme­nte teria havido uma evolução positiva”, declarou o Presidente da República.

Com a pandemia da covid-19, de acordo com o chefe de Estado, “a situação da empresa potencialm­ente adquirente de uma posição no capital da TAP levou a uma reformulaç­ão de planos”.

“Como sabem, nesta questão a Comissão Europeia tem um papel a desempenha­r e a pandemia congelou essa realidade. Mas a realidade existia já muito avançada antes da pandemia”, acentuou Marcelo Rebelo de Sousa.

Já a coordenado­ra do Bloco de Esquerda vê “com estranheza” que seja agora “Bruxelas que atrasa” o programa de recuperaçã­o da TAP, na sequência de uma investigaç­ão aberta pela Comissão Europeia (CE) para avaliar se o auxílio de 3.200 milhões.

Catarina Martins referiu que mais do que pensar “sobre os prazos e sobre as negociaçõe­s com Bruxelas”, é importante saber “o que é que será da TAP”. “O que não admitimos como certo e que achamos que seria profundame­nte errado era que Portugal investisse milhões de euros na TAP para transforma­r a TAP numa pequena filial da Lufthansa. Isso seria errado e é a nossa preocupaçã­o neste momento”, completou.

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