Animosidade em nome do b
Pedro Coelho (PSD) não se revê nas pretensões do CDS, que “quer mais subsídios, enquanto o PSD prefere o investimento”, Amílcar Figueira (CDS) não queria a coligação “porque não tenho jeito para abanar bandeiras do PSD” e Jacinto Serrão coloca-os no ‘mesmo saco’ de “um poder que se arrasta há 45 anos e que nada fez”. Esta é a síntese do debate de projeção das autárquicas em Câmara de Lobos, promovido pelo JM. Um sumário simplista, mas ilustrador da animosidade que vai pairando em Câmara de Lobos, replicada ontem na Redação do nosso Jornal.
Em desacordo em quase tudo, os três candidatos começaram por abordar a redução da população local, com menos 3.500 pessoas na última década. Pedro Coelho relevou que "a Câmara, com as políticas que tem, pode ajudar no combate aos problemas, mas são necessárias políticas nacionais de apoio".
"É preciso criar dinâmicas para fixar os jovens”, apontou Jacinto Serrão, referindo que “vejo uma política repulsiva, sem medidas de atração". Amílcar Figueira lembrou que “a perda de população deveu-se à emigração ao longo dos últimos anos, por causa da crise entre 2009 e 2015”, registando que uma medida de fixação também passaria por “isentar mais os agricultores”.
Para Serrão, as estatísticas oficiais indicam falta de desenvolvimento, e colocam “Câmara de Lobos na cauda do investimento. O poder de compra é dos piores de todos os concelhos da Região”.
Já Amílcar Figueira denunciou que a autarquia “fez uma propaganda de apoio ao comércio local de 800 mil euros e só derramou 100 mil” e alertou que Câmara de Lobos “está na moda, mas à custa dos locais”, reivindicando a urgência de se “criar um roteiro turístico”.
Pedro Coelho ressalvou que “os comerciantes estão a faturar mais do que em 2019”, atestando que “no segundo trimestre foram constituídas 15 sociedades e dissolvidas apenas cinco”. Em relação ao apoio