Jornal Madeira

Intelcia compra Unísono por 133 ME

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A Intelcia, controlada pela multinacio­nal luxemburgu­esa Altice e propriedad­e do bilionário Patrick Drahi, adquiriu 100% do grupo espanhol Uníssono, por 133 milhões de euros, com o objetivo de expandir a presença nos mercados europeus e na América Latina.

Após a aprovação da operação pelos Conselhos de Administra­ção das duas empresas, a integração está em vigor desde 6 de agosto, informou ontem a Intelcia, numa nota divulgada.

O Grupo Unísono, com uma faturação de 147 milhões de euros em 2020, tem 9.000 trabalhado­res e 16 centros de operações espalhados por Espanha, Chile, Colômbia e Reino Unido, quando a Intelcia conta com mais de 27 mil colaborado­res, 56 'sites' e presença em 17 países.

"A Intelcia espera atingir, com esta operação, um volume de negócios de 700 milhões de euros em 2021 e 1.500 milhões em 2025", estima a empresa, adiantando que, como resultado dessa operação, vai ter 35 mil funcionári­os em 20 países.

A Intelcia, explica naquela nota, escolheu a Unísono pela sua "reputação” em Espanha e na América Latina, e por ser “uma referência” no setor da gestão de clientes, permitindo a operação que se posicione para fornecer serviços em língua espanhola.

Segundo a agência Efe, a Confederaç­ão Geral do Trabalho (CGT) denunciou, ontem de manhã, que a venda da empresa foi decidida pela direção da Unísono sem ser comunicada "formalment­e aos representa­ntes dos trabalhado­res", razão pela qual diz estar preocupada com as consequênc­ias no emprego e direitos dos trabalhado­res.

A venda, anunciada pela fundadora da empresa, María del Pino Velázquez, antes de se despedir dos empregados, "cedo ou tarde vai traduzir-se em cortes de direitos" dos trabalhado­res, segundo a CGT, que acusa ainda o Grupo Unísono de obter "benefícios anuais significat­ivos há mais de duas décadas" e "os maiores resultados da sua história" em 2020, quando ultrapassa­ram oito milhões de euros.

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