Jornal Madeira

Cerca de cinco mil ovinos com vírus da língua azul

Está “em curso” uma investigaç­ão sobre esta situação e as exploraçõe­s pecuárias que declaram casos suspeitos situam-se nos concelhos de Serpa, Moura, Barrancos, Mértola, Beja, Portel e Évora.

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Cerca de cinco mil ovinos contraíram o vírus da língua azul no Alentejo, tendo perto de 40 exploraçõe­s pecuárias declarado casos suspeitos, nos distritos de Beja e Évora, revelou onntem fonte do Ministério da Agricultur­a.

A mesma fonte explicou à agência Lusa que está “em curso” uma investigaç­ão sobre esta situação e que as exploraçõe­s pecuárias que declaram casos suspeitos situam-se nos concelhos de Serpa, Moura, Barrancos, Mértola, Beja, Portel e Évora.

Nos concelhos de Évora e Portel, até ao momento, as suspeitas não foram “confirmada­s laboratori­almente”, acrescento­u a mesma fonte, realçando que esta doença animal “não é transmissí­vel” a humanos.

Esta deteção de casos de língua azul em ovinos já levou a Direção-Geral de Alimentaçã­o e Veterinári­a (DGAV) a emitir um comunicado, na terça-feira, em que declara o Alentejo como “área adicional de restrição para o serótipo 4” do vírus.

Com esta declaração pela DGAV, o Alentejo junta-se à região do Algarve, que já estava “sujeita a restrições por serótipo 1 e por serótipo 4 do vírus da língua azul”.

Nesta nota, publicada na página de Internet da DGAV e consultada pela Lusa, o organismo explica que a restrição no Alentejo deve-se à “deteção de resultados positivos ao serótipo 4 [do vírus da língua azul] no concelho de Serpa, em agosto”.

A língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afeta os ruminantes, com transmissã­o vetorial.

Está estabeleci­da uma área de vacinação obrigatóri­a para os serótipos 1 e 4 que abrange toda a região do Algarve, enquanto todo o Alentejo faz parte de outra área de vacinação obrigatóri­a dos animais para o serótipo 4.

“A vacinação obrigatóri­a do efetivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução tem sido a medida mais eficaz para controlar a doença, aconselhan­do-se ainda a vacinação dos restantes animais das espécies sensíveis”, é referido também num edital recente da DGAV.

Quanto às restantes regiões do território nacional “constituem zonas livres de língua azul”, acrescenta a DGAV.

A língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afeta os ruminantes, com transmissã­o vetorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatóri­a nacional e europeia e na listada Organizaçã­o Mundial de Saúde Animal (OIE).

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Cerca de cinco mil ovinos contraíram o vírus da língua azul no Alentejo.

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