Candidatos sem pontos em comum
No caso de vencer, este será o último mandato para Filipe Sousa, que garante que será para cumprir na íntegra, escusando-se a referenciar o que irá fazer depois. “A minha ambição é os próximos quatro anos, que serão cumpridos na totalidade, esperando que a confiança que a população depositou em nós seja renovada”. E acrescentou que “estou na politica desde 1997, sempre desprendido de outros interesses”.
Filipe Sousa foi confrontando com algumas situações que envolveram eleitos pelo JPP, mormente no Santo da Serra e na Camacha, tendo mesmo, no primeiro caso, resultado na decisão de perda de mandato, numa situação que está em fase de recurso. O recandidato do JPP assegurou que “isso não afeta a imagem de transparência do JPP. Na Camacha foi uma questão profissional e não devo falar sobre isso. Quanto ao presidente Reis, do Santo da Serra, não está a tempo inteiro na Junta de Freguesia e foi contratado pela autarquia ao nível individual para trabalhos de carpintaria, que é a sua área profissional. Se fosse hoje, voltaria a fazer o mesmo”.
Já Brício Araújo deixou implícito que caso não seja vencedor das eleições, e se for eleito, irá ocupar o seu lugar na vereação. “Vou ganhar a Câmara, é essa a minha convicção, e essa questão não se coloca”, disse inicialmente. Mas, “sempre honrei os meus compromissos e vou também honrar este”. Brício Araújo foi ainda desafiado a partilhar se chegou a ser uma hipótese para concorrer à Câmara do Funchal. O candidato do PSD/CDS negou e assegurou que Santa Cruz não foi ‘plano B’. “O único registo que tive disso foi pela comunicação social. Nunca tive essa indicação e temos um grande candidato no Funchal, que também vai vencer”, explanou.
Brício Araújo negou promiscuidade da sua campanha com ações do Governo. “As iniciativas em que participei foi como deputado convidado e, inclusive, algumas em articulação com os órgãos do JPP”. Garantiu que “não ultrapassei aquilo que é a ética. Amo Santa Cruz e tenho que me envolver nas matérias”.