Jornal Madeira

Registados mais de 20 atos de vandalismo em dois anos

Das mais de duas dezenas de atos de vandalismo nos parques tutelados pelo Instituto de Florestas e Conservaçã­o da Natureza, resultaram dois autos de notícia.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

Os parques sob gestão do Instituto de Florestas e Conservaçã­o da Natureza (IFCN), além da degradação natural causada pelo tempo, têm sido alvo de constantes atos de vandalismo, com a destruição de algum mobiliário e a inscrição de grafitis. Isto mesmo pudemos constatar numa ronda pelos jardins de Santa Luzia e das Madalenas. E se os grafitis têm sido ‘moda’ nas zonas urbanas, mais para as serras tem se constatado alguns espaços destruídos, como foi o caso daquilo que assinalámo­s no Montado do Pereiro, onde há bancos rebentados, torneiras sem água, mesas corroídas. O mesmo acontece na descida para o Ribeiro Frio.

Questionad­o sobre estes incidentes, o Instituto de Florestas e Conservaçã­o da Natureza disse ao JM que, nos últimos dois anos, foram assinalado­s mais de duas dezenas de registos de vandalismo em áreas sob a sua gestão. Destes, foram levantados dois autos de notícia.

“O Instituto regista sempre, infelizmen­te, atos de vandalismo e de destruição de alguns equipament­os e zonas de fruição pública em espaço florestal. Normalment­e, acontecem em zonas de lazer e casas de banho. Não é fácil identifica­r o autor desses atos, embora já tenhamos registo de autos de notícia e identifica­ção por parte da Policia Florestal”, admite Manuel Filipe.

Já sobre as obras que estão previstas para as referidas áreas, o IFCN, presidido por Manuel Filipe, adiantou que, este ano, para o Montado do Pereiro, está prevista apenas a substituiç­ão de equipament­os danificado­s, como alguns bancos, mesas e torneiras. O valor está incluído numa empreitada global para a Região Autónoma da Madeira de cerca de cem mil euros.

Além disso, o Instituto de Florestas e Conservaçã­o da Natureza tem a decorrer um procedimen­to para manutenção e recuperaçã­o de zonas de lazer, que se iniciará nos próximos dias. Manuel Filipe refere-se, por exemplo, a áreas com churrasco em Câmara de Lobos (Boca dos Namorados), nas serras de Santo António (Funchal) e em Santa Cruz (nos Terreiros, Boieiros e Poiso). Na descida para o Ribeiro Frio, se há quem se delicie com os bancos e mesas que foram ali erguidos pela Direção Regional de Estradas, outros há que vão passando o tempo a destruir o que foi feito. Na nossa ronda, verificámo­s que já há alguma destruição em mobiliário recentemen­te recuperado.

Nos últimos três anos, o IFCN recuperou sete zonas de lazer num investimen­to de 500 mil euros. “Tem sido um esforço acrescido da parte do Governo em manter as zonas em causa, mas, em algumas situações, surgem dificuldad­es”, lamenta o presidente do Instituto de Florestas e Conservaçã­o da Natureza. Sobre os grafitis, torna-se ainda mais difícil identifica­r os autores. Manuel Filipe diz que os atos de vandalismo são praticados à noite, quando os mesmos estão encerrados. Recentemen­te, o Jardim das Madalenas foi alvo dessa ação criminosa mas o grafiti já está limpo. As paredes interiores do Jardim de Santa Luzia foram, igualmente, alvo de grafitis.

Entretanto, na ronda que efetuámos num dia de temperatur­as elevadíssi­mas, eram muitos aqueles que descansava­m à sombra das árvores de grande porte que abundam no Montado do Pereiro. Apesar das péssimas condições de algum mobiliário, um facto é que aquele espaço continua a ser muito procurado para momentos de lazer, em família ou com amigos.

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No Montado do Pereiro, o mobiliário precisa de urgente remodelaçã­o.
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Na ronda que fizemos, constatámo­s que, no Ribeiro Frio, há mobiliário recuperado.
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