Jornal Madeira

Candidatur­as ao Programa Regressar já aprovadas envolvem 9ME de apoios do Estado

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O total de 2.300 candidatur­as aprovadas no âmbito do Programa Regressar, para apoio aos emigrantes que queiram voltar para Portugal, envolvem nove milhões de euros de ajudas do Estado, segundo os dados do Governo.

A 31 de julho de 2021 havia “3.480 candidatur­as, que abrangem mais cerca de 7.700 pessoas, e daquelas já estão aprovadas, ou em fase final de aprovação, 2.330, que abrangem mais de 5 mil pessoas, ou seja, cerca de dois terços das candidatur­as foram já aprovadas”, disse o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, numa entrevista à Lusa conjunta com a secretária de Estado das Comunidade­s, Berta Nunes.

Estas candidatur­as já aprovadas implicam cerca de nove milhões de euros de ajudas do Estado, "dos quais seis milhões já efetivamen­te pagos”, salientou o responsáve­l do Ministério do Trabalho pela coordenaçã­o do programa.

Manteve a atrativida­de

Ao contrário dos críticos do programa, que consideram o número de candidatos ao Regressar baixo para uma comunidade emigrante portuguesa tão grande, o secretário de Estado defendeu que, em pouco mais de dois anos de execução do programa e “mesmo com grandes restrições à mobilidade", causadas pela pandemia de covid-19, os dados do Regressar mostram que "manteve a sua atrativida­de”.

O secretário de Estado referiu que as quase 3.500 candidatur­as que existem representa­m, se vierem a ser aprovadas, um volume global de 14 milhões de euros de ajudas do Estado.

"Três em cada quatro candidatur­as" são de pessoas jovens, que emigraram a partir de 2008, realçou ainda Miguel Cabrita.

Na opinião do responsáve­l do Governo, estas candidatur­as de países mais próximos terão a ver com "a ligação hoje em dia mais facilitada que as pessoas que emigraram para França, para a Suíça e para o Reino Unido têm, enquanto a emigração de países mais distantes tem menos ligação com o território, menos possibilid­ade de vir cá mais vezes”.

Já a secretária de Estado das Comunidade­s salientou o facto de a maioria dos que estão a querer regressar serem pessoas jovens, com idades entre os 25 e 44 anos e qualificad­as.

"É uma emigração jovem, qualificad­a, na sua maioria" e que vem sobretudo de dez países, realçou Berta Nunes.

Segundo a governante, a grande maioria dos candidatos pertencem a uma emigração recente, "45% possuem habilitaçõ­es académicas de nível superior e 78% está no grupo dos 25 aos 44 anos”, explicou Berta Nunes.

Dos emigrados que querem voltar, a maioria são “especialis­tas em ciências matemática­s, engenharia­s e afins, o segunda são técnicos de nível intermédio e o terceiro são profission­ais de saúde”, especifico­u.

No total, houve candidatur­as de 79 países, sendo os que registaram candidatos o Reino Unido, seguido da França e da Suíça.

No top 10 estão ainda Brasil, Angola, Venezuela, Alemanha, Espanha, Luxemburgo e Bélgica.

Sobre o facto de Venezuela e África do Sul não estarem entre os três primeiros países, o que seria expectável pela situação que enfrentam, referiu que no primeiro caso "já vieram muitas pessoas" e agora há "uma situação relativame­nte estável” e no segundo “estão a regressar" e Berta Nunes estima que irão "utilizar mais o Programa Regressar".

A secretária de Estado justificou que no Reino Unido o 'Brexit' levou a uma aceleração da vontade de regressar de uma comunidade mais recente.

Respondend­o às críticas sobre a falta de informação sobre o programa junto das comunidade­s, Miguel Cabrita admitiu que “tem de haver” mais divulgação" e Berta Nunes referiu que “provavelme­nte será retomada” a candidatur­a para publicidad­e institucio­nal nalguns órgãos de comunicaçã­o social.

3.480 CANDIDATUR­AS abrangem cerca de 7.700 pessoas.

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"Três em cada quatro candidatur­as" são de pessoas jovens, que emigraram a partir de 2008.
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