Jornal Madeira

Missa em louvor à Senhora do Coromoto

Venezuelan­os e emigrantes na Região celebram a 11 de setembro a padroeira da Venezuela, unidos pela devoção mariana a Nossa Senhora.

- Por Guadalupe Pereira gpereira@jm-madeira.pt

A catedral do Funchal vai celebrar no próximo sábado a padroeira da Venezuela, Nossa Senhora do Coromoto. A missa solene é às 18h00 e é presidida pelo cónego Marcos Gonçalves, e animada pelo grupo coral ‘Tradicione­s’, seguindo-se uma pequena procissão no adro.

A celebração decorre no dia da sua festa litúrgica, dia 11 de setembro, pela segunda vez na Sé do Funchal.

Este dia é também uma ocasião para o povo venezuelan­o e os que estão dispersos em várias partes do mundo estarem unidos em oração à Virgem do Coromoto.

Foi declarada Padroeira da Venezuela pelo Episcopado venezuelan­o no dia primeiro de maio de 1942. O papa Pio XII declarou a "Celeste e Principal Padroeira de toda a República da Venezuela" no dia 7 de outubro de 1944.

História

A designação Nossa Senhora de Coromoto vem da tradiciona­l história de conversão do cacique Coromoto. No início do ano de 1652, o cacique dirigia-se para o seu trabalho nas montanhas, na

região do rio Guanare. Nesse dia teve uma visão, apareceu-lhe uma belíssima Senhora, com um menino ao colo, na sua direção, andando sobre as águas cristalina­s do rio.

“Aproximand­o-se, ordena-lhe, na sua língua nativa, que saia do bosque e vá até onde moram os brancos, para receber água sobre a cabeça e assim poder ir para o céu. As palavras da Senhora convencera­m o cacique; e todos os índios, sabendo do ocorrido, quiseram também receber o batismo”, lê-se na publicação ‘Títulos de Nossa Senhora’.

Depois deste episódio, o Cacique Coromoto estudou religião, participou em encontros de catequese, mas perdeu interesse e abandonou o estudo.

Novamente, a Virgem apareceu-lhe e insistiu que continuass­e o estudo. Irritado, interpreto­u o gesto como uma repreensão da Virgem. “O índio atira-lhe uma flecha e avança contra ela para empurrá-la. Quando ia tocar a Senhora, esta sorri e desaparece, deixando nas mãos do índio uma pedra ovalada, na qual estava gravada a imagem da Mãe de Deus num trono, com seu filho ao colo”, destaca o texto, avançando que esta é a relíquia venerada na Basílica de Guanare.

O Santuário Nacional está construído no local da aparição, perto da cidade de Guanare, foi inaugurado e abençoado pelo Papa João Paulo II, em fevereiro de 1996.

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Imagem da Senhora do Coromoto na Sé do Funchal.

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