Dúvida entre onde começa a
Se há um município na Região onde a ação governamental se confunde com a atividade autárquica, o Porto Santo será o expoente máximo. E esta realidade ficou bem expressa ontem na Redação do JM, ao longo do debate que reuniu os candidatos Nuno Batista (PSD/CDS) e Miguel Brito (PS), com muitas matérias divididas entre os dois organismos.
Turismo, requalificação urbana e incentivos de investimento estiveram no foco, também em prol da propalada quebra de sazonalidade, que tarda em se concretizar no terreno. Nuno Batista avisou por antecipação que “quem prometer acabar com a sazonalidade em quatro anos está a enganar a população” e Miguel Brito disse que “sabemos que isso não será conseguido em quatro anos, mas o nosso projeto apresenta medidas para a esbater”.
Na interligação de entidades, os dois candidatos opinaram sobre o desempenho da Sociedade de Desenvolvimento. Para Nuno Batista, a SDPS “passou já por várias fases. Na parte económica, naturalmente que a pandemia obrigou à interrupção de alguns eventos. Mas sempre deu o seu melhor e tudo faremos para criar pontes de entendimento”. Já Miguel Brito ressalvou que é “bom lembrar que nos últimos dois anos o Governo Regional injetou 7ME na SDPS”, que hoje “sofre da falta de estratégia do passado e os orçamentos tornam-se insuficientes”.
Matéria preocupante nesse desejo de um Porto Santo mais consistente o ano todo entra, maioritariamente, o setor turístico. Nuno Batista disse que “temos de criar toda uma envolvência à volta” reivindicando a “construção de um ‘master plan’ agregador, onde temos de encontrar o melhor caminho para tirar o maior partido possível do que temos”. Miguel Brito constatou que “temos de diversificar a economia, temos de nos virar para a natureza”. E lamentou que “ao longo dos últimos anos não houve estratégia para o turismo no Porto Santo”, apontando o dedo à Secretaria do Turismo