Utilidade das infraestruturas gera discórdia
Foram muitos os pontos de discórdia entre os dois candidatos, num debate pautado pela elevação na apresentação de argumentos. Entre as muitas divergências, esteve a utilidade e/ ou aproveitamento de algumas infraestruturas edificadas.
No entendimento de Miguel Brito, “ao longo do tempo houve uma série de infraestruturas que hoje, maioritariamente, não servem a população”. O candidato do PS avançou com exemplos, dando nota do “Estádio dos Desportos e das Docas, que são uma vergonha e que até os tentam esconder”, acrescentando nesta equação o Matadouro.
Nuno Batista até reconhece falhas, mas, no essencial, a verdade é que “há muita obra feita, não é o mesmo Porto Santo de há 30 anos” e deu exemplos bons, como “o Campo de Golfe, o Pavilhão do Sporting, os acessos pedonais, o Complexo de Ténis e a Ciclovia”, entre outros. Quanto às obras apontadas como falhadas pelo seu opositor, “sou obrigado em concordar que algumas das opções não foram as melhores”, mas, de imediato, provocou Miguel Brito, lembrando que “o PS não tem obra no Porto Santo, por isso eu não posso criticar”.
De resto, esta questão surgiu a propósito de Idalino Vasconcelos, o atual presidente, ter considerado, em julho, aquando das Jornadas JM, que em termos de obra física está praticamente tudo feito no Porto Santo. Nuno Batista disse que “não concordo a 100%”, porque há coisas a fazer, como por exemplo “o parque urbano ‘pulmão verde’ e a nova unidade de saúde, que são essenciais para o desenvolvimento”. Assim sendo, embora havendo ainda essas necessidades, “o principal desafio é melhorar a qualidade de vida”.
Já Miguel Brito criticou, então, a obra apresentada, lembrando que muito dela em nada influencia a vida dos locais, direcionando a sua atenção para outro tipo de obra: “a grande obra será mesmo inserir todos numa estratégia integrada de desenvolvimento”. Até porque “a competência deverá estar sempre associada a este tipo de obras”, algo que deixou implícito não terá sucedido no passado.