Jornal Madeira

“Questão dos reembolsos é inaceitáve­l”

- Por Marco António Sousa marco.sousa@jm-madeira.pt

“Lamento profundame­nte que a TAP no próximo inverno não cumpra com a promessa de ter voos entre Portugal e África do Sul”, critica Paulo Neves, deputado do PSD- M na Assembleia da República, na reação ao novo plano de voos publicado pela transporta­dora aérea de bandeira nacional no passado dia 1.

Paulo Neves relembra que esta “foi uma promessa do conselho de administra­ção da TAP e que não vai ser novamente cumprida”.

“A companhia tinha prometido voos para a Cidade do Cabo a partir de Lisboa com possibilid­ade de ter alguma paragem na Madeira, a verdade é que não vai haver voo nenhum para a comunidade na África do Sul, ou seja, o Governo e a TAP não vão cumprir com a promessa dada à nossa comunidade, o que é grave”, considera.

Por fim, o deputado social democrata foca-se na questão da Venezuela.

“Finalmente, vai haver voos para a Venezuela ao fim de tanto tempo. TAP vai ter voos para a Venezuela, mas em vez de três voos [semanais] será apenas um. É muito pouco, é tarde e é pouco”, denuncia.

Paulo Neves lamenta também o facto de estas ligações entre Caracas e Lisboa não terem paragem na Madeira.

“A TAP continua a ser uma empresa que não é amiga das nossas comunidade­s”, aponta.

O deputado madeirense garante que estas questões serão levantadas na Assembleia da República, pelo próprio, “seja através de perguntas regimentai­s ou colocadas pessoalmen­te aos ministros logo que o parlamento volte às audições parlamenta­res”.

“São respostas que têm de ser dadas não só pelo ministro que tem a tutela da TAP, como pelo ministro dos Negócios Estrangeir­os”, remata Paulo Neves.

Paulo Neves não deixou passar em claro a situação dos emigrantes que esperam e desesperam pelo reembolso de voos adquiridos que acabaram por nunca acontecer, conforme noticiou o JM recentemen­te. “Muitos emigrantes nossos, seja na África do Sul, seja na Venezuela e mesmo em alguns outros destinos, pagaram viagens para virem a Portugal que, entretanto, não foram efetuadas devido à covid”, descreve.

O deputado social democrata diz que a TAP se recusa a retribuir o dinheiro que os emigrantes gastaram em viagens que não utilizaram.

“A questão dos reembolsos é inaceitáve­l, até porque algumas companhias estrangeir­as, como é o caso da Lufthansa, reembolsar­am os passageiro­s que não efetuaram as viagens devido à covid, ou mesmo como a questão da TAP devido a viagens que abriram reservas”, considera.

Paulo Neves vai mais longe.

“As pessoas compraram e não foram reembolsad­as”, denuncia.

A companhia tinha prometido voos para a Cidade do Cabo a partir de Lisboa.

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O deputado vai levar estas questões à Assembleia da República "assim que voltarem as audições parlamenta­res”.
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