ANTIGOS JOGADORES LAMENTAM ESTADO ATUAL
A derrota por 8-1 do União frente ao Limianos deixou ‘marcas’, principalmente em alguns dos atletas que já vestiram de azul e amarelo, que ao JM mostraram-se contra o atual estado de coisas no seio do centenário ‘União da Madeira’. Tony Figueira e Ruben Andrade deram a ‘cara’ e revelaram o sentimento de tristeza que os assola mas também a muitos adeptos unionistas.
Tony Figueira, futebolista que representou o União de 2008 a 2001, revelou a tristeza que sente ao acompanhar o presente do clube.
“É com muita tristeza que acompanho aquilo que se está a passar no União, há interesses maiores do que a própria instituição, infelizmente, e esses interesses muitas vezes não vão de encontro com o bem do clube”. Sentimento partilhado pelo seu antigo colega de equipa Ruben Andrade, que expressou o seu descontentamento quanto à atual gestão do clube.
“Se investiram naquilo então que façam algo pelo clube ou então fechem de vez, é que esta indecisão é muito má para o clube e para os adeptos que gostam realmente do União”, disse o antigo capitão dos insulares.
Para Tony Figueira, a única solução seria “um clube novo, que consiga trazer de volta o União, que tantos adeptos tem aqui na Madeira, como eu, que sou confesso adepto do União”.
Já sobre a estreia no Campeonato de Portugal, os dois antigos jogadores assumem que será muito difícil atingir a manutenção.
“É um campeonato forte, uma zona (norte) muito forte, com equipas que já estão formadas há muito tempo e o União formou uma equipa com os jogadores possíveis, nem são os desejados, são os possíveis. É esperar um milagre”, disse Ruben Andrade, enquanto para Tony “levar uma equipa para os nacionais para ser goleada e cumprir calendário não faz sentido”.
Fundado em 1913, o Clube Futebol União é um dos históricos do futebol nacional, contando com seis presenças no principal patamar do futebol português, a última das quais na temporada 2015/16. Cinco anos depois, o cenário é completamente diferente, com a formação funchalense a disputar o Campeonato de Portugal com apenas 14 atletas inscritos, atravessando a maior crise financeira da sua história.