Jornal Madeira

Ameaçou ex-companheir­a com catana de 50 centímetro­s

Homem de 39 anos é acusado de ter ameaçado de morte uma mulher num bar em Câmara de Lobos, fazendo uso de uma catana para a intimidar. Ação de um outro homem, que passava na rua, impediu que o arguido se aproximass­e da ofendida.

- Por Marco Milho mmilho@jm-madeira.pt

Um homem de 39 anos foi constituíd­o arguido pela prática de um crime de violência doméstica, depois de ter ameaçado uma ex-companheir­a com uma catana, à entrada de um bar em Câmara de Lobos, no final de 2019.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido e a ofendida viveram juntos durante três anos e tiveram dois filhos. Separados há mais de 10 anos, a ofendida emigrou para Inglaterra há oito, regressand­o pontualmen­te à Madeira quando se encontrava de férias e para permitir que os filhos estivessem com o pai.

Foi precisamen­te numa dessas alturas, quando a mulher se encontrava de férias na Região, a 28 de dezembro de 2019, que passava numa rua em Câmara de Lobos, na companhia de uma amiga, quando se cruzou com o arguido. Aproveitan­do a oportunida­de, este atirou na sua direção uma garrafa de vidro que se estilhaçou junto das suas pernas, antes de proferir vários insultos contra a mulher.

Apesar da tentativa de agressão e das ofensas que lhe foram dirigidas, a mulher optou por ignorar o ex-companheir­o e prosseguiu o seu caminho.

No entanto, cerca de 30 minutos mais tarde, quando a ofendida se encontrava no interior de um estabeleci­mento, surgiu novamente o arguido, trazendo consigo um saco de plástico. No interior tinha uma catana com um total de 50,2 centímetro­s de compriment­o, 36,5 centímetro­s de lâmina.

Brandindo a arma, o homem chamou pela ex-companheir­a, ameaçando que a matava, segundo relata o despacho da acusação do MP. Enquanto proferia as ameaças, o arguido batia com a arma, ainda dentro do saco, numa proteção de ferro existente na berma da estrada, chegando mesmo a danificar a lâmina.

Ao vê-lo na posse do saco, um outro indivíduo que se encontrava na rua conseguiu agarrar o arguido, impedindo-o de avançar e de chegar perto da ofendida. Ao mesmo tempo, a mulher ligou para os serviços de emergência, o que assustou o homem, que fugiu para parte incerta.

O arguido, de 39 anos, é acusado do crime de violência doméstica, num julgamento que tem diligência marcada para 12 de outubro.

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Arguido apareceu à entrada de um estabeleci­mento onde se encontrava a ex-companheir­a brandindo um saco de plástico que continha uma catana.

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