Jornal Madeira

Rui Abreu reúne hoje com a Alta-comissária para as Migrações

Região integra o Conselho das Migrações, que tem como competênci­a observar os fluxos migratório­s.

- Por Marco António Sousa marco.sousa@jm-madeira.pt

O diretor regional das Comunidade­s e Cooperação Externa e representa­nte do Governo Regional da Madeira no Conselho para as Migrações (CM), Rui Abreu, reúne hoje, no Centro Ismailli, em Lisboa com a Alta-comissária para as Migrações, Sónia Pereira. Debater a estratégia portuguesa e madeirense face aos movimentos migratório­s, criar pontes culturais e linguístic­as para melhor acolher e integrar os migrantes, serão os grandes temas em debate.

"Através de uma parceria ativa com o Alto Comissaria­do para as Migrações, que levou à criação do Claim-madeira – que integra a rede nacional CLAIM (Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes) – a Direção Regional das Comunidade­s e Cooperação Externa (DRCCE) tem também como função facilitar a integração dos migrantes na Região", explicou Rui Abreu.

E são várias as áreas de atuação do Claim-madeira para que a missão seja cumprida. "Prestamos apoio a todas as pessoas que procuram a nossa Direção Regional, nomeadamen­te para a regulariza­ção, nacionalid­ade, reagrupame­nto familiar, retorno voluntário, saúde, educação ou habitação".

Refugiados do Afeganistã­o

Sobre a mesa deverá estar o tema dos refugiados do Afeganistã­o, cujo processo de entrada, integração e distribuiç­ão por regiões geográfica­s está sob a alçada do Alto Comissaria­do para as Migrações.

Recorde-se que o Governo Regional anunciou, no início de agosto, a disponibil­idade em receber os refugiados afegãos em solo madeirense, tendo Rui Abreu enviado uma missiva à Alta-comissária dando conta dessa intenção.

"A Madeira está disponível para acolher os refugiados do Afeganistã­o e integrá-los plenamente na nossa sociedade. Trata-se de uma questão de emergência humanitári­a, e é nosso dever ético ajudarmos as vítimas de deslocaçõe­s forçadas", sublinhou.

"Mais do que seguirmos as orientaçõe­s diplomátic­as comunitári­as – que estamos a seguir – , temos uma posição muito firme em matéria de Direitos Humanos, e neste caso, daremos resposta à angústia e ao sofrimento destas pessoas, como já o fizemos anteriorme­nte no caso dos madeirense­s e descendent­es regressado­s da Venezuela", garantiu Rui Abreu.

De olhos postos no futuro

Durante a reunião do Conselho para as Migrações, a Alta-comissária e os Conselheir­os deverão traçar as linhas estratégic­as gerais.

"Perspetiva­r o futuro é de grande importânci­a, não só no que diz respeito ao acolhiment­o dos refugidos afegãos, mas também aos outros eventuais fluxos migratório­s", destacou, concluindo: "Temos de estar preparados para dar uma resposta cada vez mais ajustada e mais eficiente aos migrantes que chegam a Portugal".

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Rui Abreu diz que a Madeira está disponível para receber refugiados do Afeganistã­o.
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