Jornal Madeira

“Retoma económica é indiscutív­el”

- Por Iolanda Chaves ichaves@jm-madeira.pt

A economia regional está a dar sinais de retoma. O secretário regional da Economia aponta alguns números e revela-se confiante no futuro.

Rui Barreto salienta que o IRAE registou em maio passado a melhor taxa (14,2%) desde que começou a ser considerad­o.

159 450 de euros. Em movimentos de dinheiro, entre levantamen­tos e pagamentos, no segundo trimestre de 2021.

230

Ao intervir, quinta-feira, na inauguraçã­o de mais um edifício com a marca Socicorrei­a, o presidente do Governo Regional disse que “julho e agosto foram meses positivos para a Madeira”, com indicadore­s de que a retoma económica está a acontecer nos setores mais afetados pela pandemia, nomeadamen­te no turismo.

A fim de obter mais dados sobre o cenário económico que se está a desenhar, o JM procurou ouvir o secretário regional da Economia.

Em resposta, Rui Barreto é perentório ao dizer que “todos os indicadore­s estatístic­os e económicos atestam, indiscutiv­elmente, a retoma económica na Região”.

“É já um facto indesmentí­vel, quer pelos valores positivos e crescentes do Indicador Regional da Atividade Económica [IRAE], após vários meses com saldos negativos, quer no aumento do consumo interno, quer ainda no número de entrada de turistas e taxa de ocupação hoteleira”, declara ao JM.

Baseando-se nos dados mais recentes da Direção Regional de Estatístic­a, o governante salienta que “o IRAE registou, no final do mês de maio, uma taxa de 14,2%, que é o valor mais alto desde que estes dados são contabiliz­ados”. “Há 15 anos que não tínhamos valores tão positivos”, conclui.

Além disso, acrescenta ainda o secretário com a tutela da Economia, “no segundo trimestre de 2021, entre constituiç­ões e dissoluçõe­s de sociedades com sede na Região Autónoma da Madeira verificamo­s um saldo positivo de 159 sociedades”.

“Todos estes indicadore­s, resultam também do apoio que o Governo Regional reservou para apoiar as empresas, com mais de 230 milhões de euros que foram postos à disposição dos empresário­s madeirense­s e porto-santenses”, refere Rui Barreto.

Desemprego tendente a baixar

Também no capítulo do desemprego, o governante revela-se confiante no que ao futuro diz respeito.

Segundo Rui Barreto, a estratégia do

Governo Regional em apoiar as empresas e, desta forma, apoiar também a manutenção de milhares de postos de trabalho, permitiu que, nesta fase, a Região tenha uma “taxa de desemprego na ordem dos 8,4%, com tendência para descer ainda mais nos próximos meses, o que é muito positivo, face ao atual cenário macroeconó­mico”.

“É preciso não esquecer – acrescenta o governante – que a Região chegou a atingir uma taxa de desemprego na ordem dos 18,1% no período da ‘troika’, em que a economia continuou a funcionar, ainda que com algumas limitações, o que demonstra que o apoio às empresas, neste período de pandemia, permitiu que estas assegurass­em a manutenção dos postos de trabalho”, refere.

Rui Barreto defende que é muito importante que os empresário­s “melhorem a oferta de emprego e denunciem quem recusa o trabalho”. Ao mesmo tempo, diz que o Governo Regional “continuará a monitoriza­r esta situação, por forma a que seja encontrado o melhor ponto de equilíbrio ao nível do mercado de trabalho”.

“Não podemos ter empresário­s que dizem não encontrar mão de obra disponível e, por outro lado, ter uma longa lista de desemprega­dos, o que poderá indiciar uma recusa indevida de ofertas de emprego”, alerta.

Poder de compra a crescer

O secretário regional da Economia manifesta, ao JM, satisfação relativame­nte ao poder de compra da população.

Neste contexto, salienta “o facto de, no segundo trimestre, terem sido movimentad­os cerca de 450 milhões de euros, quer através de

SOCIEDADES

MILHÕES

MILHÕES levantamen­tos, quer com compras com cartão multibanco, refletindo um aumento de 19% face ao trimestre anterior, o que mostra bem a retoma do consumo na Região”.

“Se a estes dados acrescenta­rmos ainda o consumo dos principais combustíve­is, verificamo­s que, no segundo trimestre deste ano foram comerciali­zados mais de 35,1 milhões de litros na Região, entre gasóleo e gasolina, traduzindo um aumento na ordem dos 50,4% quando comparado com igual período do ano anterior”, adianta.

Outro indicador de cresciment­o económico, são as vendas de cimento. Rui Barreto destaca aqui “os valores positivos registados a partir de março deste ano e mantendo essa tendência até ao início de junho, conforme a informação estatístic­a disponível”.

Na referida inauguraçã­o, Miguel Albuquerqu­e manifestou-se confiante na retoma e no cresciment­o económico regional que fazia questão de referir nas sucessivas intervençõ­es públicas, antes do golpe dado pela pandemia.

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de euros. Valor do apoio colocado ao serviço das empresas pelo Governo Regional.
sedeadas na RAM com saldo positivo. de euros. Valor do apoio colocado ao serviço das empresas pelo Governo Regional.

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