O FUTURO NÃO É SÓ O NOVO IPHONE
A velocidade da evolução da tecnologia tem sido quase assustadora, habituamo-nos a que todos os anos seja lançado, pelo menos, um novo modelo de smartphone de cada marca, que hajam novidades no mundo das consolas, que os filmes e jogos sejam cada vez mais realistas, que hajam cada vez mais conteúdos nas plataformas digitais, sejam eles séries ou músicas.
Mas há que desacelerar esta demanda por parte dos consumidores, pporque ela também é insustentável.
Exemplo disso é o crescimento da tendência do chamado “Slow Content”, onde a procura de conteúdos online passa por fugir ao consumismo desenfreado de temas efémeros, de “trends” sucessivamente repeti
qdos pelos denominados “criadores de conteúdo”, porque a necessidade de estimular o cérebro continua, mas procurando uma forma produtiva e saudável de o fazer. Somos, como internautas, constantemente bombardeados com informação, imagens, notícias e estímulos, na maior parte das vezes com textos que nada acrescentam, posts que apenas cumprem agendas, resultado da necessidade de produção em massa de conteúdos para alimentar os algoritmos que determinam as performances e alcances das publicações.
Com esta nova foram de pensar o material digital, algumas plataformas ganham terreno e notoriedade, como é o caso dos podcasts, que até nem são novidade, mas que voltaram a ser uma tendência. Um podcast é normalmente o resultado de trabalho e estudo com a finalidade de levar conhecimento específico para os interessados em determinado assunto, o que por si só determina o de consumo, mas também a maneira de produzir e a função do tema por parte do criador.
Outro exemplo desta tendência é o crescimento de utilização de aplicações e conteúdos de meditação e relaxamento, um exemplo perfeito da necessidade de abrandamento dos estímulos a que estamos sujeitos, especialmente pelas vidas stressantes e super-estimuladas que levamos.
As mudanças constantes no nosso presente devem-se em grande parte à tecnologia. Não podemos, no entanto, atribuir a culpa por todos os males do nosso mundo, embora seja essa a tendência. Temos de entender e aproveitar as ferramentas que temos, especialmente no digital, para algo que nos faça sermos melhores seres humanos, mesmo que outros as usem com outro propósito.
Exemplo disso são os recursos de inteligência artificial que podem ser bem usados para pessoas com necessidades especiais, máquinas que podem ser capazes de ajudar idosos a se lembrar das suas necessidades básicas ou até mesmo dos membros da sua família. Pequenos atos que bem aplicados ajudam a vida de muita gente. Não é difícil fazer melhor, basta um pouco de vontade e querer.