BENFICA SOBREVIVE GRAÇAS A HERÓI GREGO
O Benfica esteve perto de um mau arranque na Champions, mas conseguiu sair de Kiev com um ‘nulo’ (0-0) e sobreviver às ‘taquicardias’ provocadas pelo Dínamo na compensação.
A falta de qualidade coletiva e dinâmica ofensiva dos ‘encarnados’ foram cruciais para manter vivas as esperanças do Dínamo Kiev, que só não alcançou o triunfo porque, Vlachodimos voltou a emergir como ‘herói’ nos instantes finais do encontro e evitou, aos 90+2 minutos, o que parecia ser o tento mais do que certo dos ucranianos.
Golo esse que chegou mesmo aos 90+3 minutos, numa desatenção benfiquista que só não foi, de facto, capitalizada porque, após receber indicação do VAR, o árbitro Anthony Taylor anulou a jogada finalizada por Shaparenko por fora de jogo.
O domínio das ‘águias’ na primeira parte só foi ameaçado por erros próprios da equipa lisboeta, o primeiro de Otamendi que perdeu a bola em zona perigosa e deu origem a um livre que Tsygankov quase concretizou em golo, não fosse a intervenção preciosa de Vlachodimos.
Com o Dínamo expectante, o Benfica tinha a bola em sua posse, mas raras vezes conseguiu encontrar ‘brechas’ na zona central dos ucranianos, circulando por fora, pelas alas, o que facilitava claramente a tarefa do conjunto de Kiev, bem compacto nos últimos 40 metros.
Foi preciso esperar pelos minutos finais da primeira parte para, finalmente, se vislumbrar um par de lances de perigo construídos pela formação benfiquista: primeiro, através de um livre combinado entre João Mário e Rafa, que apenas assustou Boyko, e logo de seguida, na melhor ocasião, Yaremchuk surgiu em posição privilegiada, mas consentiu a defesa do guardião do Dinamo.
No entanto, os campeões ucranianos não foram para intervalo sem antes incomodarem Vlachodimos, que se revelou atento perante a tentativa de Mykolenko.
No reencontro com a equipa em que se formou, Yaremchuk esteve longe de ser feliz e voltou a perder o duelo com o compatriota Boyko, de tal forma que, à hora de jogo, acompanhou Everton e Gilberto rumo ao banco de suplentes, de onde
Jorge Jesus, foram lançados Darwin, o estreante Radonjic e Lázaro. As mudanças produziram pouco ou nenhum efeito.
Se o jogo coletivo do Benfica deixava muito a desejar, pior ficou com as alterações promovidas por Jorge Jesus, e só as iniciativas individuais de Rafa foram permitindo que os ‘encarnados’ se mantivessem perto da baliza do Dinamo Kiev.
As ‘águias’ não só desperdiçaram uma boa oportunidade para somar um triunfo no grupo, como ainda estiveram perto de perder o encontro, valendo-lhes Vlachodimos, que repetiu o desempenho ‘salvador’ de Eindhoven e evitou, em tempo de compensação, o golo ‘cantado’ dos ucranianos, já depois de Shaparenko ter acertado em cheio na barra.