“Serviço sem internos é um serviço morto”
A Madeira tem mais de duzentos internos, número considerado bom mas nunca suficiente.
O ponto alto tem lugar hoje. Mas já ontem decorreram trabalhos no âmbito das XII Jornadas do Médico Interno, profissional que, em número na Madeira, ultrapassa as mais de duas centenas. As Jornadas que decorrem até hoje no Colégio dos Jesuítas estão a debater a covid-19, a insuficiência cardíaca, as doenças respiratórias e ainda as doenças psiquiátricas e osteomusculares.
Ana Paula Reis, médica, presidente do evento, adiantou, ontem, aos jornalistas que, este ano a iniciativa conta com uma ‘onda solidária’, que consiste numa viagem de catamarã, que integra 60 pessoas e cujo valor reverterá para a Associação de Paralisia Cerebral. Há também dez inscritos numa prova de parapente e um concerto musical. Todas as verbas angariadas vão apoiar a mesma associação.
Quanto aos médicos internos, Ana Paula Reis assegura que os profissionais são a força viva do hospital e dos centros de saúde.
CENTENAS de médicos internos.
“Ajudam-nos e trazem ideias novas. Novas tecnologias. Um serviço sem internos é um serviço praticamente morto. Temos de ter muita dinâmica. Eu já trabalho há muitos anos e todos os anos aprendo com eles”, disse Ana Paula Reis. Momentos antes de arrancarem as Jornadas do Médico Interno, Ana Paula Reis disse que estão a ser criados incentivos para a fixação dos médicos internos na Madeira, a qual, conta, neste momento, com um número significativo.
“Temos tido a sorte de ficarmos com muitos cá”, admitiu Ana Paula Reis. Aquela responsável diz que o número de médicos internos é bom na Madeira mas, como é óbvio, nunca é considerado o melhor. “Nós queremos sempre mais”, realçou nas declarações aos jornalistas.
Hoje, assim que os trabalhos retomarem, às 9 horas, o secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, deverá marcar presença no Colégio dos Jesuítas, ainda antes da intervenção sobre o tema ‘Cara de 18, coluna de 81’, em que será apresentado um diagnóstico diferencial de lombalgia e falar-se-á sobre a ergonomia no trabalho. Ainda antes do almoço, terá lugar o debate sobre formação de formadores no internato médico. ‘De pequenino se torce o peino’, assim se intitula este painel. O último antes da entrega de prémios é subordinado ao tema ‘De médico e de louco, todos temos um pouco’. Neste painel, será abordada a importância da medicina de proximidade na prevenção do suicídio. Falar-se-á também da nova pandemia: a ansiedade. As novas drogas vão estar, igualmente, em destaque nos trabalhos de hoje, cujo encerramento acontece pelas 15h45.
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