Jornal Madeira

Terceira dose da vacina avança em outubro na Região

Tão depressa a Agência Europeia aprove e a Madeira atinja a taxa de 85% de vacinados, a Região avançará para a 3.ª dose, para grupos de risco, e tal deverá acontecer já no próximo mês de outubro.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

100 A Região tem stock para 100 mil vacinas no futuro próximo.

“A partir do momento em que a Agência Europeia do Medicament­o aprove a administra­ção da terceira dose a doentes que têm vulnerabil­idades, a populações de risco, como são os idosos, e também populações que tratam de utentes, como é o caso dos profission­ais de Saúde, nós vamos seguir essa decisão e esse rumo da identifica­ção científica”, disse ontem, ao JM, Pedro Ramos.

O secretário regional da Saúde e Proteção Civil, acrescento­u que “em termos logísticos, naturalmen­te que a Madeira está preparada para começar a vacinar com a terceira dose, logo que os nossos 85% de vacinados sejam atingidos”, outra das premissas para a administra­ção dessa terceira dose.

As contas, de sexta-feira, indicavam que a Região tinha 77,5% com a vacinação completa e 81,1% com a vacinação iniciada, pelo que falta ‘convencer’ (ainda) 3,9%.

E nesse sentido, “amanhã [hoje] temos uma sessão de vacinação no

Tecnopolo para estimular os jovens que ainda não se vacinaram”, uma espécie de ‘open day’ destinado a uma faixa etária com idade igual ou superior a 12 anos.

“Em termos de stock de vacinas, “a Madeira está preparada para tudo, temos mais de 100 mil vacinas”, garante Pedro Ramos.

Ou seja, “a terceira dose de vacinação será uma sequência lógica daquilo que está sendo feito”, lembrando que há países que já o estão a fazer, e anuindo que na Região a partir de outubro tal deverá começar a acontecer.

Certo que que a terceira dose avançará naqueles grupos de risco e de serviço público na área da Saúde, mas Pedro Ramos alerta também que “momento está também já em

DOSES avaliação a terceira dose para jovens, a partir dos 16 anos, porque de facto é um grupo de risco, não porque o seu sistema imunitário tenha vulnerabil­idades, mas sim porque é um grupo de muitos contactos, muita mobilidade e, naturalmen­te, como sabemos que a vacina não protege totalmente, esses jovens muito provavelme­nte também devem precisar de uma terceira dose”.

Na explicação técnica, temos que “esta necessidad­e de terceira dose é o resultado de alguns estudos que têm decorrido no mundo inteiro e que têm de facto permitido concluir que as duas doses de vacina que têm sido administra­das até agora, não permitem durante muito tempo uma taxa de anticorpos que proteja suficiente­mente”.

No entender de Pedro Ramos, “esta terceira dose poderá levar a outro tipo de conclusão, nomeadamen­te de quanto em quanto tempo a vacina, para o futuro, terá de ser feita para o SARS-COV-2”.

E na eventualid­ade da Madeira ser a primeira região do País a avançar para essa terceira dose, será natural. “Tal como vacinamos os jovens de uma forma pioneira, e ainda em outras situações em que fomos também pioneiros”, recordou.

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Abordagem à vacinação deu-se à margem das XII Jornadas do Médico Interno da Região, na reitoria da UMA.

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