Autoridades preveem retirar até 10 mil pessoas das zonas mais expostas
As autoridades espanholas previam retirar entre 5 a 10 mil pessoas das zonas de La Palma, mais expostas à erupção do vulcão Cumbre Vieja, conforme anunciou a Guardia Civil.
A lava, conforme testemunhos recolhidos no local, por parte da imprensa canária, desde os primeiros momentos, correu com grande velocidade pelas encostas do vulcão. Mais tarde, as autoridades apontaram os 700 metros por hora. O material expelido atingiu os 1.075 graus Celsius, de acordo com o Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan),
A evacuação de vários bairros dos municípios de El Paso, Los Llanos de Aridane e Tazacorte começou ainda de manhã e prosseguiu em antecipação ao avanço da lava. A Guardia Civil mobilizou mais de 120 agentes, de diferentes unidades, para fazer face à situação.
Várias estradas foram afetadas pela erupção e algumas delas foram encerradas ao tráfego por precaução. Quatro casas, pelos menos, foram destruídas conforme notícias que nos chegaram durante a tarde. Testemunhas ouvidas pela televisão canária confirmaram que para além das pessoas, houve cuidado em socorrer os animais, alguns de grande porte, como cavalos. A organização no socorro também estava a ser elogiada e ontem à noite o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sanchez, chegou à ilha.
O vulcão entrou ontem em erupção na zona de Las Manchas, depois de mais de uma semana em que foram registados milhares de sismos na região. O Cumbre Vieja de La Palma é um dos complexos vulcânicos mais ativos das ilhas Canárias, sendo o responsável por duas das três últimas erupções nas ilhas, o vulcão San Juan (1949) e o Teneguía (1971).
Desde o início da semana a ilha encontrava-se em alerta amarelo devido ao risco de erupção vulcânica na zona (nível 2 de 4). Desde que há registos históricos – desde a conquista das Canárias no século XV –, La Palma foi cenário de sete das 16 erupções vulcânicas registadas no arquipélago.