Jornal Madeira

Exames dispararam entre junho e agosto

Entre junho e agosto foram realizadas 3.093 provas de condução. Mais 158 face ao período homólogo. Um aumento justificad­o pelo alívio das medidas restritiva­s, assim como pela procura por parte dos estudantes que aproveitam a época estival para ‘acelerar’

- Por Romina Barreto romina.barreto@jm-madeira.pt

A tendência é crescente e ilustra a necessidad­e que muitos têm em despachar a carta de condução o mais breve possível. Se não vejamos: indicadore­s regionais relativos ao ano corrente revelam que no intervalo temporal que vai de junho a agosto último, foram concretiza­das 1.624 provas teóricas, indicador numérico que desce se falarmos das provas práticas. Pois bem, o número de exames de condução levados ao efeito entre este período situou-se nos 1.469.

Lista residual contraria relatos

Ora, fazendo as contas, isto significa que dos 1.624 alunos que realizaram exame de código, 155 ficaram em lista de espera para a realização de exame de condução. Isto, ressalve-se, a contar que todos eles obtiveram validação na prova teórica, não descurando, deste modo, situações de chumbo que, nesse caso, fazem baixar o número. Mas, ainda assim, falamos de uma listagem quase “inexistent­e”, conforme informa o gabinete de imprensa da Direção Regional de Economia e Transporte­s Terrestres (DRETT) ao JM. Independen­temente disso, têm-nos sido reportados diversos casos de alunos cujo exame de condução está pendente, uma tendência que dizem se arrastar, como nos apercebemo­s através da densidade de relatos. Reforçar que todos os lesados se queixam do mesmo: atrasos. Tanto que, mesmo com o dissipar dos meses de verão em que é normal que exista algum tempo de espera, decorrente de várias ordenações, consta que a situação não abrandou, pelo que em vésperas da chegada do outono são muitos os que ainda delatam o quadro. Facto é que a DRETT não o confirmou cabalmente.

Natureza dos exames conta

Todavia, segundo esta repartição, ficámos a saber que, na origem destes exames pendentes, os quais questionám­os, obtendo parte da resposta estão diversos fatores que entroncam com a própria natureza das provas, como, de resto, evidencia a circunstân­cia de os testes de condução serem realizadas individual­mente, ao passo que os de código são feitos coletivame­nte. Portanto, de forma a cumprir as regras de segurança emanadas pela DGS no âmbito da contenção da pandemia, a própria lotação estipulada para a sala onde se realizam as provas teóricas acabou por, naturalmen­te, condiciona­r o número total de provas concretiza­das que, ainda assim, foram em maior número relativame­nte às práticas. Informou-nos a mesma fonte.

Reforço de examinador­es

A contrariar um cenário, que poderia ter sido de desacelera­ção devido aos constrangi­mentos impostos pela pandemia, surgem as faixas etárias mais jovens, principalm­ente os estudantes que, por altura das férias grandes, sempre dão um empurrão para que a engrenagem não vá abaixo. Isto porque muitos deles aproveitam os meses de agosto e setembro, altura em que – ressalve-se – mais aumentam os pedidos excecionai­s para a realização de exames.

Não obstante “este pico de requerimen­tos excecionai­s para a realização das provas, a DRETT tem dado resposta em tempo útil”, esclarecem.

Por outro lado, e a título excecional, a equipa de examinador­es da DRETT “será reforçada de forma a diminuir o tempo médio de espera entre o pedido de exame e a sua realização”, salienta a mesma fonte. Realçar, por último, que apesar de os exames de código terem sofrido um decréscimo face a anos anteriores, conforme é notório no segundo gráfico de linhas, patente nesta página, a trajetória da estrada é ascendente.

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