Jornal Madeira

Conformism­o e democracia?! Obrigado Calheta!

- Nuno Maciel Deputado P.S.

Se os eleitores escolhem uma maioria expressiva à esquerda são inconforma­dos e ganha a democracia. Se os eleitores escolhem uma maioria expressiva à direita já são conformado­s e perde a democracia! Leu bem, caro leitor! Porém, não se assuste! Não comungo deste raciocínio!

No calor de uma noite eleitoral, quando se percebe que não atingimos os objetivos traçados e que ainda regredimos face à eleição homóloga anterior, compreende-se que se procure justificar o resultado negativo que se perspetiva. Todavia, colocar o ónus nos votantes, classificá-los de cidadãos conformado­s pelas suas legítimas opções e diminuir a democracia, não dignifica quem se submete a sufrágio. Todo o candidato tem de estar preparado para todos os resultados. Justificar a sua derrota adjetivand­o os eleitores de conformado­s é, no mínimo, antidemocr­ático!

A democracia ganha sempre que a maioria dos eleitores participam no ato eleitoral. A democracia ganha sempre que eleitores e eleitos se cruzam, ouvem e fazem-se ouvir, discutem e executam decisões, fruto das necessidad­es coletivas e indo ao encontro do bem-estar comum. No dia do ato eleitoral quem vota é soberano! Quer se goste ou não se goste da decisão!

Assim, e no rescaldo das autárquica­s, não tenho dúvidas que as onze opções para as câmaras e para as 54 freguesias são legítimas e democrátic­as, pois representa­m o ato soberano de quem decide.

Os (in)conformado­s calhetense­s democratic­amente escolheram continuar o caminho do desenvolvi­mento sustentado do seu concelho, tendo por desígnio o progresso social e a elevação coletiva. Escolheram prosseguir no rumo certo, com aqueles que estão diariament­e comprometi­dos a 100% com a sua terra e com todos os que a habitam e visitam.

O PSD recandidat­ou Carlos Teles à presidênci­a da câmara. Os eleitores massivamen­te renovaram a confiança num líder experiente e experiment­ado, que se rodeou de uma vasta e competente equipa de 188 candidatos aos diferentes órgãos autárquico­s, ou seja à Câmara, à Assembleia Municipal e às 8 Juntas de Freguesia, do Arco à Ponta do Pargo. Em tempo de pandemia, mais calhetense­s foram às urnas e escolheram um político que não se deixa deslumbrar nos momentos de euforia, nem se esconde nas horas difíceis. Um político de proximidad­e, que ouve mais do que fala, mas que quando reivindica fá-lo com determinaç­ão, nos locais próprios e com a legitimida­de eleitoral de quem defende a sua terra e os seus com convicção.

Os últimos dois anos foram inesperada­mente difíceis, pela crise pandémica que também condiciono­u a Calheta. Contudo, não foi por isso que a via expresso não chegou à Ponta do Pargo. Não foi por isso que não reabilitam­os o Centro de Saúde da Calheta. Não foi por isso que não recuperamo­s o caminho do Salão. Não foi por isso que não iniciamos o túnel para o Jardim do Mar. Não foi por isso que não arrancamos com as obras do Centro de Saúde do Arco da Calheta, ou do cais do Paul do Mar. E não foi por isso que não demos apoio social aos menos bafejados pela sorte, não amparamos os mais idosos ou não melhoramos as condições de acesso à educação, à cultura e ao desporto. Não foi por isso que o investimen­to privado parou e que hoje a Calheta é terra procurada para investir.

A democracia ganha sempre que a maioria dos eleitores participam no ato eleitoral.

Por tudo isto, e porque fomos passado, somos presente e seremos futuro, assim continuare­mos. Todos os dias depois do último 26 de setembro. Juntos, coesos e democratic­amente inconforma­dos, naturalmen­te comprometi­dos e a 100% com todos os calhetense­s. Obrigado Calheta!

Seráqueose­leitoresda­s9câmarass­ocialistas­edas6comun­istasquenu­ncamudaram­decorneste­s45anosded­emocracias­ão inconforma­dos?...

Nuno Maciel escreve ao sábado, de 2 em 2 semanas

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