Escândalo abala SEF e PSD quer explicações
Rebentou mais um escândalo que promete fazer tremer as estruturas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O PSD já pediu ontem a audição parlamentar urgente do ministro da Administração Interna para explicar dívidas do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ao Alto Comissariado para as Migrações (ACM), destinados ao acolhimento de refugiados.
Mas não são só estas dívidas que estão em causa. O próprio SEF abriu um inquérito relacionado com o caso em que alegadamente uma diretora de gestão do SEF utilizava dinheiros daquele organismo em refeições, justificando como despesas "urgentes".
Segundo avançou a TVI, algumas das despesas de refeições eram justificadas como “urgentes” e eram pagas com dinheiros públicos do SEF, apesar de os funcionários receberem um suplemento para despesas relacionadas com a alimentação.
Enquanto decorre este processo de inquérito, que foi aberto a 28 de junho, o PSD adianta-se e questiona não só a existência da dívida de três milhões de euros revelada na quinta-feira pela TVI, mas também as suas motivações, estranhando que o ACM não tenha reclamado mais cedo esta verba.
“O grupo parlamentar do PSD considera que parece haver uma estratégia de boicote à atividade do
SEF e à boa imagem do SEF por parte de pessoas de círculos próximos do MAI”, afirmou.
Para o deputado do PSD, “se isto não é uma estratégia para deteriorar a imagem do SEF e assim justificar o seu encerramento, parece”.
“Se calhar há aqui mais uma divergência entre o MAI [Eduardo Cabrita], que tutela o SEF, e a ministra da Presidência [Mariana Vieira da Silva], que é responsável pelo acolhimento”, afirmou.
Questionado porque é que o PSD apenas chamará Eduardo Cabrita ao parlamento, o deputado justificou que “a origem do problema está no MAI”. “Se o MAI nos der informações que se revelem importantes para chamar a ministra da Presidência, assim faremos”, assegurou.