Jornal Madeira

Religiosas inspiram-se em Fátima para ensinar a fazer rosários

O projeto iniciou esta semana com um grupo de pessoas em El Encantado e outro em Maca, no Leste de Caracas.

- Por Lusa

Um grupo de religiosas católicas iniciaram o projeto de criação de rosários inspirados em Francisco Marto, um dos videntes de Fátima, uma iniciativa que procura ajudar carenciado­s em bairros pobres da Venezuela.

O projeto, que arrancou esta semana, está dirigido particular­mente a mulheres carenciada­s que precisam de ajuda para sustentar a família, das localidade­s de El Encantado e Maca, no bairro pobre de Petare, tido como o maior da América Latina.

“O ‘Rosário Francisqui­to’ quer responder ao pedido de Nossa Senhora de rezar o terço todos os dias. Recordemos que a Virgem Maria prometeu o céu a Lúcia e Jacinta e também a Francisco, mas disse-lhe que tinha de rezar muitos rosários para ir para o céu”, disse uma das irmãs mentoras do projeto à Agência Lusa.

Luz Myriam Giraldo, explicou que o primeiro objetivo é "ensinar a fazer terços” porque “contribuir­á para duas coisas: primeiro, para promover a oração e, segundo, para proporcion­ar um meio de subsistênc­ia a muitas mulheres que por ter muitas crianças ao seu cuidado não podem sair para trabalhar fora”.

“Elas estão começando a fazer rosários e nós vamos ajudá-las a vender e isso pode gerar algum rendimento para cobrir as suas necessidad­es”, frisou.

Luz Myriam Giraldo explicou que o projeto iniciou esta semana com um grupo de pessoas em El Encantado e outro em Maca, mas que para a próxima semana várias mulheres vão começar a aprender

“Esperamos que muitos compradore­s se apresentem a fim de promover o projeto em geral.”

a fazer rosários na localidade de Pablo VI, também no bairro de Petare, no leste de Caracas.

“Esperamos que muitos compradore­s se apresentem a fim de promover o projeto em geral”, disse esta irmã, voltando a insistir que o projeto está inspirado em “Francisco Marto, de Fátima, e que por isso tem o nome Rosários Francisqui­to”.

Por outro lado, “na Venezuela, há muita devoção mariana, mas falta mais”, citando como exemplo que “quando viajamos a Portugal nota-se muito mais devoção a Nossa Senhora de Fátima do que aqui na Venezuela”.

A religiosa recordou que a padroeira da Venezuela é a Virgem de Coromoto. “Há também pessoas que não estão habituadas a rezar o rosário. Claro, sim há muita gente que tem esse costume, mas não a maioria da população, por isso este projeto também pode contribuir muito para promover o terço, como pediu Nossa Senhora de Fátima”, disse.

Rosa Contreras é uma das “professora­s” dos terços que, elaborados à mão, existem em distintas cores, em dois modelos, um para pendurar ao pescoço com 50 contas e um crucifixo, e outro do tipo pulseira, com dez contas e uma pequena cruz pendurada.

“Somos as elaborador­as do ‘Rosário Francisqui­to’. Estamos a ensinar todos os nossos alunos a fazer o rosário. Começam pensando que é difícil, mas já estão evoluindo, porque é fácil, mas é necessário praticar”, disse à Lusa.

Para fazer o rosário, explicou, faz-se a primeira conta, depois a segunda, deixando um espaço entre elas e assim sucessivam­ente até chegar a dez contas e então passar à seguinte casa.

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O objetivo é que a devoção mariana se torne ainda maior na Venezuela.
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