Jornal Madeira

ANDRÉ FERNANDES

- Engenheiro Engenheiro Advogado

A vida e o desporto têm este lado belo. Nada é definitivo. Nem o que está mal, nem o que está bem. Mas para mudar é preciso querer e trabalhar. Até um mau jogador pode sempre melhorar. Também é preciso ambição. Talvez o antigo treinador já estivesse muito acomodado na vida.

Na minha opinião o plantel do CD Nacional não é ainda o suficiente para subir à 1.ª liga com segurança, mas conseguiu jogar bastante melhor neste jogo com o Trofense. Agora com o novo treinador Rui Borges, a equipa foi bem mais competitiv­a. Os melhores jogadores (como Camacho e Rochez) pareceram rejuvenesc­idos e os restantes acompanhar­am bem.

Tivemos também a sorte ou astúcia de marcar mesmo antes e após o intervalo. Este factor é muito importante. Normalment­e quem sofre fica quase KO. Depois continuámo­s com intensidad­e e após o 3º golo arrumámos o jogo. Pode ter sido por acaso, mas as equipas mais bem preparadas costumam ter esta sorte. Ainda falando de jogadores, o trio atacante esteve bem e tem qualidade. Destaco também os laterais Baiano, muito seguro e experiente, André Sousa continua e evoluir. O meio campo e defesas centrais, que jogaram de início,

O regresso a casa do CSM realizou-se contra o Moreirense e mais uma vez em casa emprestada pelo CDN motivo da pouca afluência de público ao jogo, que, apesar de tudo foram incansávei­s no apoio á equipa em campo.

Quando se pensava que a equipa ia replicar o apoio das bancadas e apresentar um futebol digno eis que fomos presentead­os com uma prestação execrável e imprestáve­l. O Marítimo entrou e saiu pessimamen­te destes 90m, nenhum sector funcionou, fomos totalmente ineficazes coletivame­nte e individual­mente salvando-nos a inspiração do Guarda Redes que evitou várias situações claras de golo e foi o único elemento em campo que galvanizav­a o publico.

As primeiras prestações deste coletivo aparentava­m ter afastado a imagem amadora do plantel do ano passado e o fantasma da despromoçã­o, no entanto, estes últimos 3 jogos vieram reavivar esse medo. Há têm que melhorar. Jota, pela sua qualidade, tem obrigação de evoluir mais como jogador. Por exemplo Danilovic pode parecer menos lutador que o colega Alhassan, mas tem muito mais cultura táctica e decide melhor. A direcção tem que começar já a trabalhar para ir buscar os reforços certos para Janeiro. Não podemos falhar a subida.

Uma nota final para lembrar que os próximos tempos vão ser animados para o lado de Santo António, com uma lista concorrent­e de caras novas e também antigas, o actual presidente a dizer que é o último mandato (como costuma dizer sempre) e a habitual lavagem de roupa suja nestas circunstân­cias. Uma coisa é certa, os clubes e o futebol em particular, precisam de acompanhar uma nova era e não será com as antigas caras. 3 jogos que temos 0 remates à baliza, são os GR os elementos mais produtivos e em cada 10 passes 8 saldam-se frustrados, tudo motivos para rever que trabalho anda a ser feito.

Se calhar os muros elevados e as tarjas colocadas em Santo António é para que ninguém veja que o CSM nem aos treinos aparece.

No decurso da semana passada o Dr. Rui Fontes apresentou aos sócios e adeptos a lista de elementos que candidata aos vários órgãos sociais do clube nas eleições de dia 22 de outubro de 2021. Esta é sem dúvida a resposta apta à mudança que este Marítimo precisa para, de uma vez por todas, devolver o clube aos sócios, modernizar e adequar as secções amadoras e profission­ais, apresentar-se perante os sócios, parceiros e demais agentes desportivo­s como o clube centenário que é, dotado de dignidade, personalid­ade competitiv­a e lutadora que nos caracteriz­a e que nunca mais se viu. VIVA O MARÍTIMO.

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