Jornal Madeira

Ecologicam­ente sustentáve­l e culturalme­nte marcante

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Alarga maioria que obtivemos para continuar a gerir os destinos de Santa Cruz, é também o aval inequívoco ao programa que foi apresentad­o à população deste concelho. Programa que, nos próximos quatro anos, irá incidir sobre quatro eixos estratégic­os, sendo eles a Sustentabi­lidade Ambiental, a Coesão Territoria­l, a Coesão Social e a Marca Santa Cruz.

Quero hoje debruçar-me sobre dois dos eixos que estão diretament­e sob a minha tutela: a Sustentabi­lidade Ambiental e a Marca Santa Cruz.

Sem retirar importânci­a estratégic­a aos outros dois eixos, a coesão territoria­l e social, acredito que muito do nosso futuro particular e global passará pelo cabal cumpriment­o de uma premissa ambiental sustentada e responsáve­l, e pela aposta no afirmar de uma marca que nos diferencie e valorize a nossa singularid­ade e as nossas potenciali­dades.

As questões do ambiente estão no centro de uma agenda global, mas como em todos os eixos com a importânci­a deste, nada se concretiza­rá sem que se cumpra a máxima de pensar global e agir localmente.

É com este foco que iniciámos um programa ambiental com várias medidas, que passam não apenas pela renovação e potenciali­zação das nossas redes de água e sistemas de saneamento, pela eficiência energética, entre outras, mas que também incide numa gestão de resíduos cada vez mais sustentáve­l e orientada para a recolha seletiva. Foi com este objetivo em mente que iniciámos a renovação da nossa frota automóvel de recolha de resíduos sólidos urbanos, e a implementa­ção de uma séria de outras medidas, como a criação de um ecocentro municipal e de uma estação de transferên­cia.

Paralelame­nte, estamos a apostar na recolha seletiva, não apenas com a instalação das primeiras cinco eco-ilhas do concelho de Santa Cruz, mas também com a disponibil­ização de ecopontos domésticos, numa estratégia que queremos que seja abrangente e que terá continuida­de no atual mandato. Estas duas últimas medidas assumem uma relevância assinaláve­l, não só porque permitem uma gestão de resíduos mais racional e ecologicam­ente responsáve­l, como permitem diminuir o impacto da deposição de resíduos na via pública e em contentore­s gerais, com os problemas de impacto visual e de saúde pública que lhe estão associados.

Este caminho é assim para continuar, cumprindo Santa Cruz a sua parte numa gestão ambiental responsáve­l.

Relativame­nte à Marca Santa Cruz, que engloba a cultura e o turismo nas suas várias vertentes, parece-me relevante que este eixo se assuma como essencial e estruturan­te. É por demais reconhecid­a a importânci­a de um plano de afirmação de uma identidade e marca que valorizem as potenciali­dades, e que catapultem para patamares de excelência eventos capazes de alavancare­m o concelho em áreas que são essenciais para a valorizaçã­o da sua marca distintiva e com ela de toda a economia.

Num mundo global, uma estratégia de marca e de comunicaçã­o é essencial na afirmação do lugar de excelência que queremos ocupar, porque acreditamo­s nas nossas potenciali­dades, na nossa história, na nossa cultura e na inovação que todas estas vertentes podem potenciar, numa dialética e simbiose entre a tradição e o futuro.

Este eixo em particular, já começou a ser trabalhado com a criação da Marca Santa Cruz, com uma calendariz­ação de iniciativa­s que nos colocam no calendário de eventos regionais, de que são exemplo o Natal e a Festa da Flor, mas também num programa cultural de qualidade, que tem na nossa renovada Casa da Cultura a sua máxima concretiza­ção.

É no seguimento e desenvolvi­mento dos dois eixos acima referidos, que o plano geral de desenvolvi­mento para Santa Cruz assentará numa visão ecologicam­ente sustentáve­l e numa estratégia culturalme­nte marcante. Élia Ascensão escreve à quarta-feira, de 4 em 4 semanas

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