Uma em cada 14 crianças sofre de perturbações na fala
Terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia constam do leque de serviços do espaço que abre portas dia 28, dispondo de todas as condições para receber utentes de palmo e meio.
‘Crescer’ é o mais recente centro dedicado ao desenvolvimento e aprimoramento da fala no arquipélago, bem como de outras deficiências que se evidenciam no crescimento dos mais pequenos, em idade pediátrica (0-18 anos), e também de graúdos. Dislexia, gaguez e disartria são exemplos. Problemas na alimentação, idem. Subordinado a uma componente terapêutica, o espaço, situado na Ajuda, propõe-se a melhorar as competências de cada um, utilizando como recurso a adoção de métodos terapêuticos. “Visa essencialmente à primeira infância, infância e adolescência”, palavras de Ana Marques, logo replicadas por Cristina Aveiro, as duas mentoras do projeto que falaram ao Jornal nas vésperas da inauguração que acontece dia 25, com posterior abertura a 28, vindo reforçar a oferta no espetro regional.
Perturbações em números
Ao nível da linguagem não existem estudos específicos, nomeadamente nacionais. Ainda assim, a análise a nível de epidemiologia a que se pode recorrer, de âmbito internacional, diz que uma para cada 14 crianças sofre destes distúrbios, afiança Ana Marques. “Temos um número: entre 7 a 14 crianças no mundo” e desengane-se quem pensa que falamos apenas de deficiência na fala propriamente dita. “Falamos de áreas da linguagem e agora vamos pensando que estas dificuldades ao nível de linguagem (comunicação, linguagem e fala) acabam depois por advir ao nível de idade”, ressalva a mesma fonte, que continua o seu raciocínio.
“Ao nível da deglutição temos uma em cada quatro crianças com perturbação alimentar”. Contabilizar ainda oito a 10 crianças com perturbação do neuro desenvolvimento que têm perturbação alimentar. “Se formos pensar que os dois primeiros anos são de extrema importância para este desenvolvimento ao nível cognitivo e toda a maturação do sistema nervoso central, aquela alimentação tem um papel fundamental”, explana.
Áreas de intervenção
Dotado de cinco salas, todas elas multidisciplinares, a saber: um ginásio de integração sensorial, duas salas para a terapia da fala, uma outra direcionada à fisioterapia, especialmente a pediátrica, bem como uma unidade reservada para a terapia ocupacional e psicologia, o centro aloja ainda dois protocolos – há muito em desenvolvimento em instituições de ensino da Região – ‘Terapia vai