Jornal Madeira

Albuquerqu­e e Calado assumem “parceria”

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

Pedro Calado e Miguel Albuquerqu­e vão pôr em marcha uma “parceira” entre a Câmara Municipal do Funchal e o Governo Regional para encontrar soluções e alternativ­as aos problemas de mobilidade e de trânsito na cidade.

“Não hesitaremo­s em assumir uma postura de trabalho conjunto com o Governo Regional, em benefício de todos os funchalens­es, não deixando por isso de ter as nossas convicções, de forma independen­te e sem hipotecar os legítimos interesses do Funchal”, disse ontem o novo presidente da Câmara Municipal, no discurso de tomada de posse na Praça do Município, consideran­do que “o Governo Regional sempre foi, é, e será um parceiro estratégic­o no desenvolvi­mento económico e social da nossa cidade”.

O presidente do Governo Regional registou e, quando discursou para as centenas de pessoas que assistiam à cerimónia, as primeiras palavras foram para confirmar essa “parceria”.

“Pode contar com toda a colaboraçã­o do Governo Regional para a concretiza­ção daqueles que são os interesses superiores da população da nossa cidade”, transmitiu Miguel Albuquerqu­e ao seu antigo vice-presidente, que a 26 de setembro destronou o poder da coligação de esquerda que governou a principal Câmara da Região nos últimos oito anos.

“Temos muito trabalho para fazer nesta cidade ao nível da mobilidade. Precisamos construir novos viadutos, novas vias, para descongest­ionar o trânsito, sobretudo na hora de ponta”, disse Miguel Albuquerqu­e, compromete­ndo-se ainda com a melhoria dos transporte­s públicos e com a construção de “habitação para a classe média e para os jovens casais a preços acessíveis”.

Palavras que estavam em sintonia com o que momentos antes o autarca havia dito.

No “novo ciclo” que Pedro Calado inicia no Funchal, a “simplicida­de e o diálogo na forma de governar” serão “mandamento­s” de governação, mas o que também perpassou no seu discurso é que esta vereação vai agir diferente e depressa.

“Sabemos que os funchalens­es não aceitam mais desculpas nem adiamentos. Por isso mesmo, agiremos, procurando dar as respostas necessária­s, em tempo realmente útil, sem as longas demoras, sem os constantes recuos, dificuldad­es e bloqueios, que tanto caracteriz­aram os anteriores oito anos de governação municipal”, apontou.

Dizendo que o projeto que tem é “feito com as pessoas, pelas pessoas e para as pessoas, e não para concretiza­r projetos políticos pessoais”, Pedro Calado garantiu que nenhuma das dez Juntas de Freguesia serão discrimina­das – Santa Maria Maior foi a única que se manteve ‘Confiança’ – neste mandato.

Defendeu um modelo de apoios sociais que ampare “os mais desprotegi­dos, as famílias carenciada­s, os quem não têm trabalho ou não podem trabalhar”, mas colocou o trabalho como o fator principal para o equilíbrio social, e não “a mendicidad­e e a subsidiode­pendência”.

“Estamos fortemente empenhados em criar mais postos de trabalho, com melhores condições salariais e com maior valorizaçã­o profission­al”, acrescento­u, consideran­do que para isso vai “incentivar as empresas e os empresário­s, através de uma reduzida carga fiscal e de um sistema mais célere e eficaz na análise de projetos e de apoio ao investimen­to”.

Calado quer pôr a Câmara a acelerar e “reduzir o prazo de análise dos processos de licenciame­nto, promovendo uma correta sinergia entre investimen­to, urbanismo e reabilitaç­ão urbana”.

A modernizaç­ão e simplifica­ção dos serviços autárquico­s “são fundamenta­is para a eliminação de tarefas redundante­s, tendo em vista uma maior celeridade na análise dos processos, com a consequent­e racionaliz­ação e otimização de recursos”, complement­ou.

Os órgãos autárquico­s do Município do Funchal tomaram ontem posse. A eleição da Mesa da Assembleia Municipal do Funchal teve 27 votos a favor e 15 contra. O deputado municipal do Chega não esteve presente na reunião. José Luís Nunes preside à Mesa, acompanhad­o por Roberto Vieira e Luísa Gouveia.

Aviso sério para o interior

Apesar de garantir que nenhum funcionári­o camarário será discrimina­do, o novo presidente da Câmara Mu

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